Mundo
Sistema antimísseis dos EUA intercepta foguetes lançados contra o aeroporto de Cabul
Tentativa de ataque não interrompeu as operações no terminal na capital da Afeganistão. Estados Unidos correm contra o tempo para concluir retirada de tropas e aliados do país.

Imagem mostra carro em chamas. Veículo teria disparado foguetes contra o aeroporto de Cabul — Foto: Agência de notícia Aamaj/via Reuters
O sistema de defesa antimísseis dos Estados Unidos interceptou cinco foguetes lançados contra o aeroporto de Cabul, no Afeganistão, nesta segunda-feira (30). A informação é da agência de notícias Reuters.
O presidente norte-americano Joe Biden foi avisado sobre a tentativa de ataque, que não interrompeu as operações no aeroporto.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse em um comunicado que o presidente “reafirmou sua ordem para que os comandantes redobrem seus esforços para priorizar o que precisa ser feito para proteger as forças no solo”.
Os Estados Unidos tentam concluir a operação de retirada de tropas e de aliados até o prazo limite, que é terça-feira. Até agora, 114 mil pessoas deixaram o país e ao menos 4 mil militares ainda estão no Afeganistão.
Ataque aéreo com drone
No domingo, os Estados Unidos executaram um ataque aéreo com drone contra integrantes do Estado Islâmico na cidade de Cabul, no Afeganistão.O alvo eram pessoas suspeitas de serem militantes do braço afegão do Estado Islâmico, chamado Estado Islâmico-Khorasan. Um carro que levava um homem-bomba ao aeroporto foi atingido.
Um funcionário do governo dos EUA disse que o ataque deste domingo foi feito por um drone que era pilotado por agentes que nem mesmo estão no Afeganistão. Segundo ele, explosões secundárias após o ataque provam que o homem-bomba levava uma grande quantidade de material explosivo.
O Talibã é inimigo do Estado Islâmico no Afeganistão. Segundo a agência Associated Press, o Talibã confirmou que um ataque dos EUA atingiu um homem-bomba que estava em um carro e que pretendia fazer um atentado no aeroporto de Cabul.
Um porta-voz do comando central dos EUA, o capitão Bill Urban, afirmou que os militares ainda estão tentando descobrir se o ataque matou algum civil. Por enquanto, segundo ele, não há evidência de que isso tenha acontecido.
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Imagem de controle nas imediações do aeroporto de Cabul, em 29 de agosto de 2021 — Foto: Sargento Victor Mancilla/Divulgação Exército dos EUA/Via Reuters
Explosão em Cabul
Ouviu-se o barulho de uma explosão perto do aeroporto de Cabul, afirmaram testemunhas à agência de notícias Reuters.
Imagens transmitidas pela TV do Afeganistão mostram fumaça escura no céu, mas não há nenhuma informação a respeito de perdas até o momento.
Não se sabe se a explosão que ocorreu na região ao norte do aeroporto e o ataque a um carro com um homem-bomba estão ligados.
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Reprodução de vídeo que mostra fumaça escura em Cabul, em 29 de agosto de 2021 — Foto: Reprodução
Duas testemunhas disseram à Reuters que a explosão parece ter sido causada pelo impacto de um foguete que atingiu uma casa em uma região ao norte do aeroporto, mas ainda não há confirmação.
Uma autoridade afegã afirmou ao “New York Times” que a explosão parece ter mesmo sido causada por um foguete.
Vídeos nas redes sociais também mostram pessoas tentando jogar água no prédio de onde sai fumaça.
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Imagem de satélite da Maxar Technologies mostra o Aeroporto Internacional de Cabul, capital do Afeganistão, em 27 de agosto de 2021, um dia após o atentado terrorista em um dos portões do local — Foto: Maxar Technologies via AP
Aviso de Joe Biden
Na quinta-feira houve uma explosão do lado de fora do aeroporto de Cabul que deixou mais de 180 mortos. Esse ataque foi reivindicado pelo braço afegão do Estado Islâmico.
A primeira resposta dos EUA veio no sábado: dois dirigentes do Estado Islâmico-Khorasan foram mortos em ataques de drone. Além desses dois, um terceiro dirigente ao grupo terrorista ficou ferido. Segundo os militares dos EUA, os três estiveram envolvidos no planejamento e execução do atentado suicida do lado de fora do aeroporto de Cabul.
No próprio sábado, o presidente dos EUA, Joe Biden, alertou que um novo ataque ao aeroporto de Cabul é “muito provável” nas “próximas 24 a 36 horas” e que o bombardeio americano que matou dois membros do grupo Estado Islâmico “não será o último”.
“A situação no local continua extremamente perigosa e a ameaça de um ataque terrorista no aeroporto continua alta”, escreveu o presidente em um comunicado após se reunir com seus conselheiros militares e de segurança.

Mundo
Israel dissolve Parlamento e convoca novas eleições para 1º de novembro
A dissolução foi aprovada por 92 votos a favor e nenhum contrário

Objetivo da coalizão era acabar com 12 anos ininterruptos de governo do direitista Benjamin Netanyahu (Ilia Yefimovich/picture alliance/Getty Images)
Os deputados israelenses dissolveram nesta quinta-feira o Parlamento e abriram o caminho para novas eleições legislativas, a quinta vez que o país comparecerá as urnas em menos de quatro anos, e para a nomeação a partir de meia-noite do chefe da diplomacia Yair Lapid como primeiro-ministro interino.
A dissolução foi aprovada por 92 votos a favor e nenhum contrário, de um total de 120 cadeiras no Parlamento. Antes da votação, os deputados estabeleceram 1º de novembro com a data para as próximas legislativas.
A dissolução encerra o breve governo de um ano do primeiro-ministro Naftali Bennett, que liderou uma coalizão de oito partidos (direita, esquerda e centro), que incluiu pela primeira vez uma formação árabe, algo histórico em Israel.
O principal objetivo da coalizão era acabar com 12 anos ininterruptos de governo do direitista Benjamin Netanyahu, mas também formar um Executivo, algo que havia sido impossível após as três eleições anteriores, muito acirradas.
Horas antes da dissolução do Parlamento – prevista inicialmente para quarta-feira à noite e adiada para quinta-feira por atrasos em outras votações -, Bennet anunciou que não será candidato nas próximas eleições.
Ele transmitirá o cargo de primeiro-ministro a Lapid às 00h00 locais (18h00 de Brasília).
Perda da maioria
O acordo de coalizão incluía uma alternância no poder e uma cláusula que estabelecia que Lapid seria o primeiro-ministro interino até a formação de um novo governo em caso de dissolução do Parlamento
Um ano após a assinatura do acordo histórico, a coalizão perdeu a maioria na Câmara e Bennett anunciou na semana passada a intenção de dissolver o Parlamento para convocar novas eleições.
Em 6 de junho, a oposição provocou um revés para a coalizão Bennett-Lapid, ao reunir maioria contra a renovação de uma “lei dos colonos”, um dispositivo que a Câmara deve aprovar a cada cinco anos.
Esta lei deveria ser renovada até 30 de junho, pois em caso contrário os colonos da Cisjordânia – território palestino ocupado por Israel desde 1967 – corriam o risco de perder a proteção legal com base no direito israelense.
Bennett, fervoroso defensor das colônias, ilegais para o direito internacional, não poderia correr o risco de provocar uma situação caótica e preferiu encerrar o seu governo.
“Unidade israelense”
“O que precisamos agora é voltar ao conceito de unidade israelense e não deixar que as forças da sombra nos dividam”, declarou na semana passada Lapid, que será primeiro-ministro a partir de sexta-feira.
O jornalista e ex-astro da TV ocupará ao mesmo tempo os cargos de chefe de Governo e ministro das Relações Exteriores, enquanto se prepara para as eleições.
Em meados de julho, Lapid receberá em Israel o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em sua primeira visita ao Oriente Médio desde que chegou à Casa Branca.
No cenário interno, ele enfrentará o líder da oposição e do partido Likud, Benjamin Netanyahu, de 72 anos, julgado por corrupção em vários processos, que deseja retornar ao posto de primeiro-ministro.
“A experiência (da coalizão) fracassou”, declarou Netanyahu. “Isto é o que acontece quando se reúne uma falsa extrema-direita com a esquerda radical, tudo isto misturado com a Irmandade Muçulmana”, acrescentou.
“Teremos outro governo Lapid que será um fracasso ou um governo de direita liderado por nós? Nós somos a única alternativa! Um governo forte, nacionalista e responsável”, declarou Netanyahu, iniciando de maneira antecipada a campanha eleitoral.
Mundo
Três sinais mostram que peso argentino caminha para um tombo
Moeda deve sofrer uma desvalorização contra o chamado dólar blue de cerca de 40% para 340 pesos por dólar

Um porta-voz do banco central afirma que continuará adotando políticas que aliviam as preocupações com a taxa de câmbio e a inflação (LUIS ROBAYO)
O peso argentino caminha para uma forte desvalorização no mercado de câmbio paralelo – um tombo tão grande que pode arrastar o peso oficial com ele.
A necessidade de aumentar a base monetária para pagar as dívidas em peso e os gastos financeiros, além de uma queda nas exportações agrícolas e um aumento nas importações de energia, tudo isso significa problemas para a moeda argentina.
O peso deve sofrer uma desvalorização contra o chamado dólar blue de cerca de 40% para 340 pesos por dólar até o final do ano, disse Alejo Costa, chefe de estratégia para a Argentina no BTG Pactual. Isso, por sua vez, pode levar o banco central a desvalorizar a taxa de câmbio oficial em pelo menos 10% no final do terceiro trimestre, quebrando sua política de dois anos de declínio gradual e controlado.
“O peso paralelo estará sob mais pressão do que todas as outras moedas da região, dadas as políticas e riscos locais”, disse Costa, de Buenos Aires.
O banco central argentino vendeu US$ 589 milhões até agora em junho para defender o peso, ante compras de US$ 627 milhões no mesmo período do ano passado. Isso ajudou a reduzir as reservas em moeda estrangeira da instituição em cerca de US$ 3,4 bilhões este mês.
“Está muito apertado atender à acumulação de reservas exigida” pelo programa do país com o Fundo Monetário Internacional, disse Alejandro Cuadrado, chefe de estratégia cambial para a América Latina do BBVA em Nova York.
O ministério da economia argentino não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Um porta-voz do banco central apontou para um relatório recente que dizia que continuaria adotando políticas que aliviam as preocupações com a taxa de câmbio e a inflação.
Aqui estão os três principais fatores que pressionam o peso:
Expansão Monetária
A oferta monetária da Argentina cresce a um ritmo anual de 53%, ante 30% no início do ano, alimentando a demanda por bens e os dólares necessários para pagar por importações. A expansão do peso é um dos principais fatores que os analistas veem por trás da inflação e da depreciação cambial.

– (Bloomberg/Reprodução)
“Haverá muita expansão monetária durante o segundo semestre, fundamentalmente devido ao déficit fiscal”, disse Costa.
Exportações Agrícolas
A principal temporada de colheita da Argentina terminou e, embora normalmente as vendas ocorram logo em seguida, nesta safra os produtores estão segurando boa parte de sua soja à espera de um preço melhor. Alguns analistas não esperam que eles vendam até que haja uma desvalorização, que aumentaria a receita de exportação em pesos já que a soja é cotada em dólar.
“Os produtores continuarão segurando sua produção até que o peso caia ou os preços das commodities comecem a cair”, disse Lucrecia Colletti, líder da mesa de câmbio do Banco Provincia de Buenos Aires. “Mas vejo tudo isso como difícil se a guerra Ucrânia-Rússia continuar.”
Importações de energia
Ao mesmo tempo em que faltam dólares da soja, a Argentina deve alocar dólares para pagar pelas importações de gás depois de não atender a demanda de inverno com a produção doméstica. Isso está se tornando cada vez mais caro à medida que a guerra na Ucrânia aumenta os preços do petróleo e do gás.

– (Bloomberg/Reprodução)
“É muito difícil para o banco central acumular uma quantidade significativa de reservas” com uma lacuna tão grande entre as taxas de câmbio oficiais e o dólar blue, disse Alejandro Giacoia, economista da consultoria Econviews, com sede em Buenos Aires.
Mundo
Cúpula do G7 resultou em fracasso, diz Politico
A edição americana Politico diz que a cúpula do G7 resultou em fracasso e seus objetivos não foram alcançados.

© AFP 2022 / Kerstin Joensson
“Quando já estavam terminando as negociações, os líderes mais influentes do mundo pareciam estar falhando em todas as frentes, sendo incapazes de parar [a operação militar especial] […] o aumento descontrolado dos preços, incapazes de prevenir o derretimento da geleira Zugspitze ou mesmo pôr fim ao bloqueio de milhões de toneladas do grão ucraniano”, diz a mídia.
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Defesa russa: até 100 combatentes da unidade nazista Kraken são eliminados na região de Carcóvia
Na região de Carcóvia, foram eliminados até 100 combatentes da formação nazista Kraken, bem como dez equipamentos militares ucranianos, relatou nesta quarta-feira (29) o Ministério da Defesa russo.

© Sputnik / Aleksei Maishev
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EUA: exportações de microchips para a Rússia caem 90% e prejudicam fabricação de mísseis e tanques
As remessas mundiais de microchips para a Rússia caíram quase 90% desde que as restrições às exportações para o país foram introduzidas, deixando os fabricantes de armas no país sem suprimentos cruciais para produzir armas de precisão, como mísseis guiados e tanques, disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo.

© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia / Abrir o banco de imagens
“Desde que os controles [sanções econômicas impostas ao Kremlin] foram implementados, as exportações globais de semicondutores para a Rússia, de todas as fontes, diminuíram quase 90%, deixando as empresas russas sem os chips necessários para uma ampla variedade de produtos, incluindo armas como mísseis guiados de precisão e tanques”, afirmou Raimondo no discurso, em uma conferência realizada pelo Gabinete de Indústria e Segurança.
“A Rússia pode ser forçada a encalhar entre metade e dois terços de suas aeronaves comerciais até 2025 a fim de canibalizá-las para peças de reposição”, afirmou.
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Com apenas 1 palavra, Putin ‘fez soar o alarme’ no Pentágono, segundo The Hill
Declaração do presidente russo, Vladimir Putin, sobre entregar sistemas Iskander-M a Minsk fez o Pentágono entrar em alerta, segundo o jornal The Hill.

© Sputnik / Mikhail Tereschenko
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