O anúncio faz parte das ações do Facebook para limpar sua imagem após uma série de escândalos sobre o uso de informações dos usuários
O Facebook lançou uma nova ferramenta que permite revisar e excluir dados de seus usuários que a plataforma coleta de serviços e aplicativos de terceiros, anunciou a maior rede social do mundo nesta terça-feira (28).
Essa função, que estava disponível para os quase dois bilhões de membros que ela possui, faz parte de um esforço redobrado para melhorar as práticas de privacidade de seu sistema e expõe os dados que a rede social coleta sobre a atividade do usuário fora do Facebook e que são usados para fazer o direcionamento de anúncios publicitários.
Mark Zuckerberg, seu diretor executivo, disse que essa ferramenta oferece “um novo nível de transparência e controle” à rede social, que foi abalada pelas revelações dos últimos anos sobre como ela captura e gerencia os dados de seus usuários.
“Estamos trabalhando nisso há um tempo porque tivemos que reconstruir alguns de nossos sistemas para tornar isso possível”, acrescentou Zuckerberg.
A plataforma solicitará automaticamente aos usuários que façam uma “revisão de privacidade” ao entrar na rede social, explicou Zuckerberg em um post no Facebook.
“Atualmente, nossa ferramenta Activity Off Facebook está disponível para todas as pessoas ao redor do mundo”, escreveu ainda.
A empresa, dessa forma, levanta um véu sobre alguns aspectos de sua operação, como a coleta de dados de aplicativos de terceiros, o uso da identidade do Facebook como uma conta para acessar outros sites ou serviços, as “curtidas” e outras variáveis que são consideradas para selecionar a publicidade que cada usuário recebe.
“Outras empresas nos enviam informações sobre sua atividade nos sites deles e usamos essas informações para mostrar publicidade relevante para o usuário. Agora você pode ver um resumo dessas informações e excluí-las da sua conta, se desejar”, explicou Zuckerberg.
O anúncio faz parte das ações que o Facebook realiza para limpar sua imagem após uma série de escândalos sobre o uso que a rede social faz de informações pessoais, incluindo o caso da consultoria britânica Cambridge Analytica.
A consultora coletou dados de 87 milhões de usuários para realizar campanhas de manipulação em massa e influenciar os eleitores.