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Governo vai criar secretaria para acelerar ingresso na OCDE, diz Onyx
O ministro-chefe da Casa Civil afirmou que a nova secretaria visa melhorar a relação do Brasil com os países-membros da OCDE

OCDE: EUA devem apoiar entrada do Brasil na organização no lugar da Argentina (Marcos Corrêa/Agência Brasil)
Brasília — O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira que o governo vai criar uma nova secretaria para acelerar o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e afirmou que o apoio norte-americano à entrada brasileira no grupo foi um reconhecimento do esforço feito pelo país.
Segundo Onyx, a Casa Civil vai alterar sua estrutura até segunda-feira para criar “uma diretoria específica, uma secretaria” que vai lidar diretamente com a questão da OCDE.
“A função dela (nova estrutura) é poder melhorar nossa relação com o organismo internacional, com os países-membros que sejam mais fortes na OCDE, buscar cada um dos passos de acreditação para que o Brasil possa, no mais curto espaço de tempo, ser membro desse time, que é o time que vence no mundo”, afirmou Onyx após se reunir com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Brasília, William Popp.
O ministro disse que o encontro com o diplomata teve como objetivo agradecer o apoio norte-americano à ascensão do Brasil à OCDE. “Isso é algo muito valioso e importante”, disse.
O Departamento de Estado norte-americano confirmou nesta semana que os EUA planejam apoiar a proposta do Brasil de entrar na OCDE no lugar da Argentina, que anteriormente era a favorita do presidente Donald Trump para ser o próximo país a entrar no grupo.
Segundo o titular da Casa Civil, o trabalho feito pelo ministério que comanda, juntamente com as pastas das Relações Exteriores e da Economia, tem por objetivo incluir o país o mais rapidamente possível no “primeiro time do mundo”. Onyx afirmou que um representante do Tribunal de Contas da União (TCU) vai liderar uma equipe para acelerar o processo.
O ministro não quis dar um prazo para que o Brasil seja admitido formalmente no organismo, mas afirmou que o processo de adesão de um país à OCDE leva em média três anos.
Conforme a Casa Civil, um país tem que aderir a 254 instrumentos legais para fazer parte da OCDE — sendo que dois deles não se aplicam ao Brasil. Até o momento, o Brasil já aderiu a 81 e outros 65 estão em análise do organismo.
O ministro disse ter ouvido do representante da embaixada dos EUA que o Brasil voltou a ser um país confiável, o que é “uma coisa extraordinária”. Popp responde interinamente pela embaixada dos EUA, uma vez que Todd Chapman, indicado pelo governo norte-americano para o cargo, ainda não assumiu o posto.
O apoio à entrada do Brasil na OCDE era visto por muitos como um benefício tangível do alinhamento ideológico entre Bolsonaro e o presidente dos EUA, que têm buscado deixar para trás anos de disputas comerciais e desconfiança política entre os dois países para construir um relacionamento mais próximo.
A associação à OCDE é vista como um selo de aprovação que aumentaria a confiança dos investidores no governo e na economia do Brasil. No entanto, a tentativa do Brasil de ingressar no clube vinha encontrando alguma resistência em Washington, e Bolsonaro ficou desapontado quando Trump não cumpriu inicialmente sua promessa de apoio ao Brasil e o país teve que se contentar com a vontade dos EUA de apoiar a Argentina.
A eleição do presidente de centro-esquerdista Alberto Fernández no país vizinho, contudo, parece ter feito o jogo de xadrez pender novamente pra o Brasil.

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Tebet declara ao TSE R$ 2,3 milhões em bens; vice, Mara Gabrilli, R$ 12,9 milhões
Tebet declara ao TSE R$ 2,3 milhões em bens; vice, Mara Gabrilli, R$ 12,9 milhões

Candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet terá Mara Gabrilli, do PSDB, como vice na chapa — Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
A candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, informou à Justiça Eleitoral ter R$ 2,3 milhões em bens.
O valor é superior ao declarado por ela na eleição de 2014, quando foi eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul. Naquele ano, Tebet informou ter R$ 1,575 milhão em bens.
Já Mara Gabrilli (PSDB), vice na chapa de Tebet, declarou à Tribunal Superior Eleitoral (TSE) R$ 12,897 milhões em bens. Esse valor é três vezes maior que os R$ 4,3 milhões em bens declarados por ela nas eleições de 2018, quando foi eleita senadora por São Paulo.
Veja a lista de bens declarados:
Simone Tebet
- Apartamento: R$ 81.903,69
- Casa: R$ 52.000,00
- Apartamento: R$ 200.000,00
- Apartamento: R$ 200.000,00
- Terreno: R$ 457.209,33
- Apartamento: R$ 200.000,00
- Casa: R$ 69.397,28
- Terreno: R$ 100.000,00
- Terreno: R$ 100.000,00
- Apartamento: R$ 200.000,00
- Apartamento: R$ 200.000,00
- Terreno: R$ 94.000,00
- Apartamento: R$ 310.000,00
- Depósito bancário em conta corrente no País: R$ 59.225,08
Mara Gabrilli
- Caderneta de poupança: R$ 14.826,14
- Outros fundos: R$ 91.462,00
- Depósito bancário em conta corrente no País: R$ 10,00
- Terreno: R$ 600.000,00
- Depósito bancário em conta corrente no País: R$ 7.594,03
- Veículo automotor terrestre: R$ 227.000,00
- Outros bens imóveis: R$ 2.031.780,56
- Outras aplicações e Investimentos: R$ 350.000,00
- Outras aplicações e Investimentos: R$ 3.000,00
- Fundo de Investimento Imobiliário: R$ 500.000,00
- Apartamento: R$ 950.000,00
- OUTROS BENS E DIREITOS: R$ 450.000,00
- VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre: R$ 2.546.213,25
- Outras aplicações e Investimentos: R$ 5.125.462,72
Registro de candidatura
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu no sábado (6) o pedido formal de registro da candidatura de Simone Tebet (MDB) à Presidência da República.
O pedido de registro no TSE é o último passo para a oficialização de uma candidatura. Com a apresentação do registro, a Receita Federal fica apta a fornecer um número de CNPJ às chapas, que poderão arrecadar recursos e pagar despesas necessárias à campanha eleitoral.
Nos próximos dias, o TSE deve publicar um edital para que interessados sugiram, em até cinco dias, a impugnação dos pedidos de registro. Qualquer candidato, partido político, federação, coligação ou o Ministério Público pode impugnar o pedido de registro de candidatura.
O prazo para o protocolo das candidaturas vai até 15 de agosto. A Corte Eleitoral terá até o dia 12 de setembro para julgar definitivamente os pedidos de registro e eventuais recursos. O primeiro turno das eleições 2022 está marcado para o dia 2 de outubro.
A senadora Simone Tebet (MS) foi oficializada no dia 27 de julho pelo MDB como candidata à Presidência.
Simone será apoiada pela coligação “Brasil para Todos”, composta pelo MDB, Podemos e pela federação partidária PSDB-Cidadania.
Simone, 52 anos, é filha do ex-governador, ex-senador sul-mato-grossense e ex-ministro da Integração Nacional Ramez Tebet. Mestre em direito do Estado, trabalhou como professora universitária.
Simone foi deputada estadual, prefeita de Três Lagoas, vice-governadora do Mato Grosso do Sul e se elegeu senadora em 2014.
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Damares quebra acordo com Bolsonaro e lança candidatura avulsa ao Senado no DF
Damares será candidata em chapa avulsa e enfrentará nas urnas a ex-ministra Flávia Arruda, do PL de Bolsonaro

Damares: A primeira-dama Michelle Bolsonaro endossou a escolha de Damares e compareceu ao evento do Republicanos que cravou a candidatura (Adriano Machado/Reuters)
Em rompimento ao acordo costurado pelo presidente Jair Bolsonaro a pastora evangélica Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, “relançou” nesta sexta-feira, 5, sua candidatura ao Senado pelo Distrito Federal, como antecipado na quinta-feira pelo Broadcast Político. A primeira-dama Michelle Bolsonaro endossou a escolha de Damares e compareceu ao evento do Republicanos que cravou a candidatura.
Damares será candidata em chapa avulsa e enfrentará nas urnas a ex-ministra Flávia Arruda, do PL de Bolsonaro. Ainda assim, a ex-ministra decidiu apoiar a candidatura à reeleição de Ibaneis Rocha (MDB), que formou chapa com Flávia, e terá o apoio do União Brasil, com o presidente do partido no DF, Manoel Arruda, como suplente.
A volta de Damares à corrida pelo Senado é mais um capítulo da cisão do bolsonarismo no Distrito Federal. Por intervenção direta do presidente da República, a pastora teve de abandonar sua candidatura na aliança de Ibaneis. Acabou resgatado acordo firmado em 2021 entre o chefe do Executivo local e Flávia Arruda. A costura deixou a ex-ministra da Mulher sem espaço e irritou o Republicanos, que apoia a reeleição de Bolsonaro.
Em evento em Brasília nesta sexta-feira, Damares afirmou que o chefe do Executivo não vai se envolver na disputa. “Tanto eu como a Flávia não seríamos irresponsáveis de colocar o presidente da República na parede. O presidente tem que cuidar da campanha dele. Ele tem que ganhar a eleição. Então, o presidente da República não vai se envolver na campanha local. Não vai”, declarou.
A primeira-dama, por outro lado, terá papel ativo na campanha, afirmou a pastora. “Nós queremos fazer uma bancada pró-vida no Senado Federal. E ela com certeza vem. Vem para apoiar, vem para ajudar, vem para pedir voto. Vem para estar comigo”, declarou.
A ex-ministra também disse respeitar Flávia, mas que “vai para a disputa”. “Eu entendo que a população do DF precisa ter uma outra proposta”, afirmou. “Vai ganhar quem tiver mais voto. E digo para vocês: quem vai ganhar sou eu”.
Damares ainda revelou não ter conversado com Flávia, mas que Bolsonaro já sabe da sua candidatura. “O presidente quando soube que eu voltei para o páreo, disse simplesmente ‘tudo bem’, ‘apoio’, ‘seja o resultado que as urnas desejarem’. Ele está muito confortável. Ele tem duas candidatas”.
O presidente do Republicanos-DF, Wanderley Tavares, disse que Bolsonaro, “no fundo”, nunca quis tirar Damares da disputa. “É do coração dele. É a fiel escudeira dele e provou isso no dia que ele pediu para ela (deixar a disputa pelo Senado). Ele pediu para ela desistir de um sonho, porque quando você se lança na política, você não é um candidato de um CNPJ, não é um poste”, declarou. “Tentaram calar o sonho dela, mas aqui no Republicanos não calaria a causa que ela defende. O Republicanos é o verdadeiro partido conservador do País. E a Damares é hoje a maior representante dessa classe no País”, emendou.
O Republicanos queria lançar Damares ao Senado numa chapa com o senador Reguffe (União Brasil), mas o parlamentar não foi oficializado por seu partido como candidato ao governo do DF. Diante disso, Tavares procurou Ibaneis na noite desta quinta-feira, 4, e fechou a aliança em torno da reeleição do emedebista.
A reportagem já havia adiantado em 27 de julho que o Republicanos havia se irritado com Bolsonaro e negociava lançar Damares em chapa avulsa.
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Ciro escolhe Ana Paula Matos, vice-prefeita de Salvador, como candidata a vice
A falta de alianças com outros partidos obrigou o PDT a lançar uma chapa puro-sangue, ou seja, formada por pessoas da mesma sigla

Ciro Gomes: O candidato repete agora uma fórmula usada na eleição de 2018, quando lançou uma mulher na vice, também do PDT, por falta de alianças: a senadora Kátia Abreu, hoje no PP (Youtube/Reprodução)
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, escolheu a vice-prefeito de Salvador, Ana Paula Matos, como sua vice na disputa pelo Palácio do Planalto. A falta de alianças com outros partidos obrigou o PDT a lançar uma chapa puro-sangue, ou seja, formada por pessoas da mesma sigla. A escolha por Ana Paula foi feita em reunião da executiva nacional da legenda na manhã desta sexta-feira, 5, em Brasília.
Ciro disputa a Presidência pela quarta vez (também concorreu em 1998, 2002 e 2018) e nunca chegou ao segundo turno. O candidato repete agora uma fórmula usada na eleição de 2018, quando lançou uma mulher na vice, também do PDT, por falta de alianças: a senadora Kátia Abreu, hoje no PP.
Ciro aparece em terceiro lugar nas pesquisas com 8% dos votos, atrás de Lula (PT), que aparece com 47%, e de Jair Bolsonaro (PL), com 29%. Os dados são da pesquisa Datafolha divulgada no dia 28 passado.
Na sexta-feira,(29), ao participar de evento na Universidade de Brasília (UNB), Ciro afirmou que deve crescer nos próximos levantamentos com o início da propaganda eleitoral gratuita, no rádio e na televisão, marcado para 26 de agosto. Além disso, o presidenciável disse que essa será sua última tentativa de chegar ao Planalto, caso não seja eleito.
Esta sexta é o prazo final para a realização das convenções, nas quais partidos e federações oficializam a escolha dos candidatos para disputar as eleições deste ano.
As siglas têm até o dia 15 deste mês para registrar as candidaturas a presidente, vice-presidente, governador, vice-governador, senador, deputado federal e deputado estadual, conforme o cronograma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Barroso diz que manifestações do 7 de setembro podem mostrar ‘o tamanho do fascismo no Brasil’
Para ministro, se manifestações no dia forem de apoio a um candidato não será problema, mas se for contra instituições como o Supremo Tribunal Federal, mostrará o tamanho do sentimento antidemocrático brasileiro.

© AP Photo / Eraldo Peres
“O 7 de Setembro se forem os apoiadores de um dos candidatos [mostrando suporte], faz parte da democracia. E devemos olhar isso com todo o respeito. Agora, se for o episódio para fechamento do Supremo ou do Congresso, aí vamos saber mesmo o tamanho do fascismo e do sentimento antidemocrático no Brasil”, disse Barroso citado pelo jornal O Globo.
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Bolsonaro concederá entrevista ao Jornal Nacional em 22 de agosto
Presidente será o primeiro entrevistado na série de sabatinas com candidatos à presidência

Bolsonaro pediu para que entrevista seja feita diretamente do Palácio da Alvorada
O Presidente da República Jair Bolsonaro (PL) participará das tradicionais entrevistas do Jornal Nacional, da TV Globo, com candidatos à presidência. A confirmação da participação foi feita pelo filho do presidente, Flavio Bolsonaro, nas redes sociais. Bolsonaro participará em 22 de agosto, diretamente do Palácio da Alvorada. A entrevista fora do estúdio é uma opção tradicional de presidentes que tentam reeleição e também aconteceu com Lula, em 2006, e Dilma, em 2014. As entrevistas com todos os presidenciáveis terão duração de 40 minutos e serão conduzidas pelos âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos. Bolsonaro será o primeiro. No dia 23 seria André Janones (Avante), mas ele retirou a candidatura nesta quinta-feira; dia 24 Ciro Gomes (PDT), dia 25 de agosto Lula (PT) e, encerrando, dia 26 Simone Tebet (MDB). Em 2018 Bolsonaro também concedeu entrevista.
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