O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou que as imagens relacionadas à investigação do financista condenado por tráfico sexual, Jeffrey Epstein, onde aparecem fotos dele, não são “nada demais”. As fotos foram divulgadas na sexta-feira (12/12) por membros democratas do Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes.
Trump afirmou não ter conhecimento prévio das fotos. “Todo mundo conhecia esse homem. Ele estava em toda Palm Beach. Ele tem fotos com todo mundo”, disse durante entrevista no Salão Oval da Casa Branca.
O presidente minimizou a relevância das imagens dizendo: “Existem centenas e centenas de pessoas que têm fotos com ele. Então não é nada demais. Eu não sei nada sobre isso.”
Foram liberadas 19 imagens pelos democratas, destacando fotos de Trump ao lado de seis mulheres com rosto coberto para preservar suas identidades, outra mostrando Trump conversando com uma mulher loira ao lado de Epstein e outra sentado ao lado de uma garota.
Além dele, aparecem também Steve Bannon, ex-assessor de Trump e figura do espectro ultradireitista, o ex-presidente Bill Clinton, o magnata Bill Gates, e o ex-príncipe Andrew, este último destituído dos títulos reais pelo irmão, o rei Charles 3°, devido à ligação com o caso. Também há fotos do cineasta Woody Allen junto a Epstein e de Richard Branson, fundador do grupo Virgin.
As imagens ainda revelam itens como brinquedos sexuais e uma “camisinha do Trump” com o rosto do presidente e a frase “Eu sou ENORME!”.
Um dos membros democratas do comitê, a congressista Jasmine Crockett, afirmou: “Isto é sobre verdade e justiça para as vítimas e sobreviventes”. Ela ressaltou que as fotos levantam dúvidas importantes sobre quem sabia o quê e quando, reforçando a necessidade de liberação completa dos arquivos relacionados a Epstein que estão sob custódia do Departamento de Justiça, conforme autorizado pelo Congresso.
Os democratas explicam que estas fotos são uma amostra das 95 mil novas imagens recebidas sobre o caso.
A Casa Branca, antes da reação do presidente Trump, divulgou que os democratas da Câmara estariam expondo seletivamente fotos censuradas ao acaso com a intenção de criar uma narrativa falsa.
Em 18 de novembro, o Congresso aprovou uma legislação para disponibilizar publicamente todos os documentos ligados ao caso Epstein que não estejam protegidos por sigilo.