O Comitê de Política Monetária (Copom) explicou nesta terça-feira, 24, a razão para a decisão de aumentar a Selic na última reunião, elevando a taxa de 14,25% para 15,00% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado, que estava dividido entre elevar os juros ou manter o patamar atual.
Segundo o documento divulgado, a economia brasileira continua mostrando resistência, o que dificulta a redução da inflação para a meta estipulada e exige uma política monetária mais rígida.
O Banco Central ressaltou que o ciclo de aumento dos juros foi particularmente rápido e intenso, e que muitas consequências desse ajuste ainda não foram totalmente sentidas. Por isso, o Copom planeja fazer uma pausa para avaliar os efeitos das medidas já tomadas.
O texto reforça a importância de garantir que os mecanismos da política monetária estejam funcionando corretamente, sem obstáculos que possam diminuir sua eficácia.
Após esse ciclo acelerado de aumento, o Copom considera interromper o aperto dos juros para observar a resposta da economia, com o objetivo de verificar se a taxa atual é adequada para controlar a inflação.
O colegiado destacou que, uma vez que a taxa apropriada seja determinada, ela deverá permanecer em um nível elevado por um período prolongado, devido às expectativas inflacionárias que ainda estão desalinhadas.
Finalmente, o Comitê afirmou que continuará atento e preparado para ajustar as decisões futuras conforme a necessidade, sem hesitar em retomar o aumento dos juros caso seja necessário.