A histórica classificação do Al-Hilal na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, após uma emocionante vitória de 4 a 3 sobre o poderoso Manchester City, marcou também um feito importante para o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Com a chegada às quartas de final da competição, o clube garantiu um retorno de US$ 39,825 milhões aos cofres do governo saudita, através do Fundo de Investimento Público (PIF), que detém 75% do controle do time.
Esse montante é pequeno se comparado aos cerca de US$ 1 bilhão investidos na competição realizada nos Estados Unidos.
Prêmios da Copa do Mundo de Clubes
A premiação total do Mundial é bilionária e distribuída conforme as fases, vitórias e empates. Cada um dos 32 clubes participou e recebeu US$ 15,2 milhões. Na fase de grupos, cada vitória vale US$ 2 milhões e cada empate US$ 1 milhão. Times que avançaram para as oitavas receberam US$ 7,5 milhões, e quem avançou para as quartas, como o Al-Hilal, conseguiu um bônus adicional de US$ 13,125 milhões. As semifinais garantem US$ 21 milhões, o vice-campeão recebe US$ 30 milhões e o campeão leva US$ 40 milhões.
Somando as premiações por resultados e classificações, o Al-Hilal faturou US$ 39,825 milhões, o que corresponde a mais de R$ 217 milhões.
Investimentos no futebol saudita
O Fundo de Investimento Público, sob o comando do príncipe desde 2015, controla também outros grandes times sauditas como Al-Nassr, Al-Ittihad e Al-Ahli. Desde o lançamento da Visão 2023 em 2016, o governo saudita tem usado o futebol para melhorar a imagem do país, diversificar a economia e reduzir a dependência do petróleo.
O Campeonato Saudita tem atraído grandes estrelas internacionais, como Cristiano Ronaldo e Neymar.
Controvérsias envolvendo Mohammed bin Salman
Apesar da estratégia de aproximar a Arábia Saudita da comunidade global por meio do esporte, Mohammed bin Salman enfrenta severas controvérsias. Ele é acusado de ordenar o assassinato do jornalista opositor Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, Turquia. Um relatório da CIA publicado em 2021 confirmou a aprovação do príncipe para o crime.
Mesmo assim, o príncipe mantém relações pragmáticas com vários países importantes, incluindo os Estados Unidos durante a administração Donald Trump e os membros da União Europeia.