É costume nos Estados Unidos que o presidente conceda um perdão simbólico a um ou dois perus na véspera do Dia de Ação de Graças, celebrado nesta quinta-feira (27/11). Esse momento descontraído marca o início das celebrações desse feriado nacional.
Neste ano, no entanto, o presidente Donald Trump aproveitou a ocasião para enviar críticas claras a seus adversários políticos.
Na quarta-feira (26/11), diante dos dois perus brancos Gobble e Waddle, que foram poupados no Jardim das Rosas da Casa Branca, Trump primeiro fez um ataque ao ex-presidente Joe Biden. Ele afirmou, em tom de brincadeira, que o perdão dado por Biden aos perus durante sua presidência não teria validade, pois teria sido resultado de uma “canetada”.
Essa declaração foi uma referência direta ao perdão concedido por Biden a seu filho Hunter, pouco antes de deixar o cargo, envolvendo acusações de posse ilegal de arma e evasão fiscal.
“Após apuração rigorosa de uma situação causada por um homem chamado Joe Biden, o Sonolento, que usou uma ‘canetada’ no ano passado para perdoar o peru […] tenho a responsabilidade oficial de declarar que os indultos concedidos no ano passado aos perus são totalmente nulos”, afirmou Trump. “Assim como os indultos de praticamente todas as outras pessoas perdoadas, exceto… onde está Hunter?”
O presidente americano ainda declarou que teria a intenção de renomear Gobble e Waddle para Chuck e Nancy, em uma “homenagem” aos democratas Chuck Schumer e à ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. Contudo, desistiu da ideia por não perdoar essas duas pessoas: “Eu jamais perdoaria aquelas duas pessoas,” completou.
Tradição
Dar um peru ao presidente norte-americano na véspera do Dia de Ação de Graças é um costume que surgiu na década de 1940, durante o governo de Harry Truman. Naquela época, o peru era destinado para a ceia do feriado.
Com o tempo, os perus passaram a ser poupados pelos presidentes, fruto de uma colaboração entre a indústria de aves e o governo.
Dessa forma, os perus, fornecidos pela Federação Nacional de Peru, têm sua vida preservada, ficam temporariamente acomodados em áreas confortáveis dentro da Casa Branca e, posteriormente, são enviados para fazendas ou centros especializados.
