Após uma semana do início dos confrontos entre Israel e Irã, houve um aumento recente na mobilização das maiores potências globais em busca de um cessar-fogo. O Irã concordou em realizar uma reunião nesta sexta-feira, 20, com representantes do Reino Unido, Alemanha e França em Genebra, Suíça, para debater o conflito e o futuro do programa nuclear iraniano.
De acordo com uma fonte envolvida na organização do encontro, os EUA auxiliaram nas negociações para esta reunião e apoiaram a iniciativa, apesar de não participarem diretamente. O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, está previsto para comparecer.
Reino Unido, França e Alemanha foram partes nas negociações que levaram ao acordo de 2015 que restringia as atividades nucleares do Irã em troca do alívio das sanções. O pacto foi abandonado durante o primeiro mandato do presidente dos EUA, Donald Trump, que criticou seu antecessor, Barack Obama, embora os termos atuais se assemelhem às demandas presentes da Casa Branca.
Aliados em ação
Simultaneamente, os líderes dos dois maiores aliados do Irã, Rússia e China, intensificaram os diálogos diplomáticos para pressionar pelo término do conflito. Em conversa por telefone, o presidente chinês, Xi Jinping, e o russo, Vladimir Putin, concordaram em um plano para resolver a crise.
Conforme o ministério das Relações Exteriores da China, Pequim e Moscou irão solicitar um cessar-fogo imediato, garantias de segurança para civis e negociações diretas entre as partes envolvidas. Ademais, defenderam que os EUA tenham um papel ativo junto a Israel para acalmar as tensões.
Xi Jinping, que até o começo da semana evitava comentar sobre o embate, afirmou que a trégua deve ser imediata e respeitada por ambos os lados, enfatizando que “especialmente Israel” precisa cessar as hostilidades. Putin tem mantido uma postura mais neutra e ofereceu pela segunda vez seguidas a mediação para um cessar-fogo. Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, recusou a oferta e sugeriu que Putin resolva primeiro o conflito na Ucrânia.