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terça-feira, 01/07/2025

Primeiro-ministro francês enfrenta moção de censura enfraquecido

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O primeiro-ministro da França, o centrista François Bayrou, está enfrentando nesta terça-feira uma moção de censura que dificilmente será aprovada, devido ao apoio da extrema direita, em um cenário de fragilidade e baixa popularidade.

O governo do presidente de centro-direita, Emmanuel Macron, não possui maioria absoluta, e a líder da extrema direita, Marine Le Pen, já declarou que poderá derrubar o governo durante a análise dos orçamentos a partir de outubro.

Os socialistas na oposição apresentaram a moção de censura atual, acusando Bayrou de tê-los traído por não cumprir as promessas feitas em janeiro para aprovação dos orçamentos de 2025.

Naquela época, o primeiro-ministro prometeu ao Parlamento apresentar os resultados das negociações entre sindicatos e empregadores para revisar a impopular reforma previdenciária de 2023, que causou grandes protestos na França.

Essas negociações fracassaram, e os socialistas criticam Bayrou por não apresentar um projeto para debater o aumento da idade da aposentadoria para 64 anos, uma medida imposta por decreto.

“Eles não têm o poder de fazer este governo trair o interesse geral (…). Este dever, para mim e para nós, é mais forte do que qualquer ameaça”, defendeu-se Bayrou nesta terça-feira na Assembleia Nacional.

Apesar do apoio dos partidos de esquerda, a moção não possui votos suficientes para ser aprovada.

Em dezembro, o governo conservador de Michel Barnier foi derrubado com o apoio da extrema direita.

Marine Le Pen explicou que “censurar agora não traz benefício” e prometeu vigilância durante a tramitação dos orçamentos para 2026.

Seu aliado, Jordan Bardella, advertiu que “este governo não estará no poder por muito tempo”.

Bayrou também enfrenta divisões em seu governo e críticas por suposta inação em um caso de agressões físicas e sexuais na escola frequentada por seus filhos quando ele era ministro da Educação.

Segundo uma pesquisa da Ifop divulgada na segunda-feira, cerca de 80% dos franceses estão insatisfeitos com Bayrou, registrando o nível de popularidade mais baixo desde que assumiu o cargo.

© Agence France-Presse

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