O ouro registrou alta novamente nesta terça-feira, 1º, impulsionado por um dólar americano mais fraco e uma demanda constante por ativos considerados portos-seguros. Investidores permanecem atentos às negociações tarifárias, à aprovação do projeto de lei orçamentário pelos republicanos no Senado dos EUA e às perspectivas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed).
O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 1,27% na Comex, a divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), fechando o pregão a US$ 3.349,80 por onça-troy.
O metal precioso está sendo apoiado pela queda do dólar, impulsionada pelas crescentes preocupações do mercado, segundo analistas da Exness. No radar, o projeto de lei do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre impostos e gastos públicos deve aumentar o déficit fiscal do país em US$ 3,3 trilhões na próxima década, conforme avaliação de especialistas.
Trump expressou confiança de que a Câmara dos Representantes deverá aprovar o projeto após sua passagem pelo Senado ainda nesta terça-feira, afirmando que será “até mais fácil”.
Além disso, as expectativas do mercado quanto à flexibilização da política monetária do Fed também beneficiaram o ouro, uma vez que taxas de juros mais baixas geralmente elevam a atratividade do metal, que não gera rendimentos por si só.
O presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, declarou durante o Fórum de Sintra, promovido pelo Banco Central Europeu (BCE), que a maioria do Comitê acredita ser possível uma redução das taxas de juros “em algum momento” ainda este ano.
Perto das 14h (horário de Brasília), o mercado ampliava levemente a expectativa de um corte pelo Fed em julho, embora a projeção de manutenção das taxas ainda prevaleça amplamente, conforme ferramenta de monitoramento do CME Group. Setembro continua como o mês favorito para a primeira flexibilização em 2025.
Estadão Conteúdo