Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há prova de que vacinas causem autismo. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou uma análise recente do Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas que revisou 31 estudos feitos entre 2010 e 2025 em diversos países.
Esses estudos investigaram se vacinas aplicadas na infância e durante a gravidez, que podem conter conservantes como tiomersal e adjuvantes à base de alumínio, têm alguma ligação com o autismo. A conclusão foi clara: não há nenhuma relação entre vacinas e o desenvolvimento do autismo.
Segundo Tedros, esta é a quarta revisão desse tipo realizada desde 2002, e todas chegaram ao mesmo resultado, mostrando que as vacinas são seguras e não causam autismo. Ele destacou que as vacinas ajudaram a reduzir pela metade a mortalidade infantil nos últimos 25 anos, salvando milhões de vidas.
A discussão ganhou destaque após a principal agência de saúde dos Estados Unidos começar a divulgar uma teoria sobre uma possível relação entre vacinas e autismo, influenciada por Robert Kennedy Jr., que atuou como ministro da Saúde durante o governo Donald Trump.
No entanto, múltiplas pesquisas já provaram que não existe ligação entre vacinas e autismo ou outros problemas neurológicos. A ideia de que a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (SCR) estaria associada ao autismo surgiu de um estudo fraudulento publicado em 1998, que foi retirado e refutado por vários estudos posteriores.

