Apesar da Nova Zelândia ter fechado as fronteiras, o terceiro caso importado de coronavírus foi confirmado no país
A Nova Zelândia registrou nesta quinta-feira seu terceiro caso novo de coronavírus nesta semana, e violações de quarentena e outros problemas minaram a confiança pública dias depois de o país se declarar um dos primeiros do mundo a se livrar do vírus.
O caso novo é um homem de cerca de 60 anos que chegou de Lahore, no Paquistão, via Doha e Melbourne no dia 11 de junho e está em quarentena.
O caso ocorre depois de duas mulheres vindas do Reino Unido e receberem permissão de sair da quarentena mais cedo por razões humanitárias terem sido diagnosticadas.
O governo foi obrigado a explicar por que as duas mulheres foram liberadas sem os devidos exames, e se questionou se as instalações de quarentena estão sendo mantidas adequadamente.
Na quarta-feira, a primeira-ministra, Jacinda Ardern, chamou os militares para supervisionarem as instalações e para se encarregarem da defesa das fronteiras.
“Sei que o caso destas duas mulheres terá aborrecido as pessoas… eu certamente estou aborrecida”, disse a diretora-geral de Saúde, Ashley Bloomfield, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
“Peço desculpas de termos chegado a esta posição”.
A fronteira neozelandesa está fechada para todos, exceto cidadãos que retornam, mas foram feitas algumas exceções por razões humanitárias e comerciais. Todos têm que submeter a quarentenas.
Em reação ao caso das duas mulheres, o governo suspendeu todas as isenções de regras de quarentena e disse que ninguém pode sair dos hotéis isolados em que pessoas são mantidas a menos que tenham sido examinadas.