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quarta-feira, 18/06/2025




Menina com leucemia morre em ataque entre Irã e Israel

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)
Uma criança ucraniana de apenas 7 anos perdeu a vida durante um ataque promovido pelo Irã, conforme informou o presidente de Israel, Isaac Herzog. A menina havia deixado a Ucrânia, que enfrenta a guerra contra a Rússia, buscando continuar seu tratamento contra a leucemia no Oriente Médio.

Nastya Borik, seus primos e a avó foram vítimas do ataque. ‘‘Ela veio em busca de esperança e vida. Ao invés disso, foi atingida por um míssil iraniano que destruiu um prédio residencial em Bat Yam’’, declarou Isaac Herzog em uma rede social.

O pai da menina está na Ucrânia como combatente. ‘‘Manifestamos nossa solidariedade ao pai de Nastya e a todos que os conheciam e amavam. O mundo precisa repudiar esses atos inaceitáveis’’, afirmou o presidente israelense.

A mãe da menina, Maria, costumava compartilhar notícias sobre a saúde da filha em sua conta no Instagram. Em sua última postagem, no dia 27 de maio, respondia a críticas referentes à condição da criança. ‘‘Estamos devendo à clínica. Não conseguimos nem pagar todo o custo do transplante, que Nastya superou milagrosamente’’, disse ela.

O governo da Ucrânia não se manifestou diretamente sobre a tragédia. Contudo, no sábado (14), o Ministério das Relações Exteriores ucraniano confirmou que cinco cidadãos, incluindo três crianças, faleceram em um ataque em Bat Yam.

Contexto do conflito

Desde a última sexta-feira, Israel e Irã estão envolvidos em um confronto armado. Israel realizou bombardeios sobre Teerã, capital iraniana, visando destruir instalações de mísseis no oeste do país para evitar uma ameaça nuclear. O estado israelense é o único na região que possui armamento nuclear.

Até o momento, 585 pessoas morreram do lado iraniano e 24 do lado israelense. Entre as mortes iranianas estão líderes militares como comandantes da Guarda Revolucionária e do Estado-Maior do Exército, além de nove cientistas do programa nuclear, conforme dados da ONG Human Rights Activists.

Os Estados Unidos movimentaram caças e porta-aviões para a região do Oriente Médio. A ação ocorreu no mesmo dia em que o ex-presidente Donald Trump exigiu a rendição incondicional do líder iraniano Khamenei, afirmando ter conhecimento do paradeiro dele.

Nesta quarta-feira (18), o Irã retomou os ataques contra Israel com mísseis. A Guarda Revolucionária iraniana fez um alerta para que os israelenses escolham entre uma morte lenta em bunkers ou a fuga do país.

O Irã declarou que esta já é a décima segunda onda de ataques contra Israel, incluindo o uso de mísseis balísticos pesados e o míssil Sejjil, que possui dois estágios de propulsão.

Por sua vez, Israel afirmou que realizou uma série de bombardeios na região de Teerã. Foram atingidos mais de 20 alvos relacionados ao desenvolvimento de armas nucleares e produção de mísseis do regime iraniano. As Forças de Defesa de Israel utilizaram mais de 60 aviões de caça nessas operações.




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