A Marinha do Brasil permanece em silêncio acerca da detenção do ex-comandante da instituição, almirante de esquadra Almir Garnier, que foi condenado por tentativa de golpe de Estado. O oficial está recolhido na Estação Rádio da Marinha, situada em Brasília, desde a tarde de terça-feira (26/11).
Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou o início do cumprimento da pena imposta a Garnier, o Metrópoles buscou um posicionamento da Marinha do Brasil sobre o assunto, mas ainda não obteve resposta. O espaço permanece disponível para eventuais manifestações.
As detenções de militares como os generais Braga Netto e Augusto Heleno, por suposta tentativa de golpe — ocorrida pela primeira vez no país — provocaram um abalo nas estruturas das Forças Armadas brasileiras. Mesmo com isso, Almir Garnier foi identificado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o único líder das três forças que teria apoiado o esquema golpista.
Investigações revelam que o ex-comandante da Marinha, que esteve à frente da instituição entre abril de 2021 e dezembro de 2022, teria disponibilizado tropas em benefício do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Devido à sua participação no esquema, Almir Garnier foi sentenciado a 24 anos de prisão em regime fechado.
