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quinta-feira, 19/06/2025




Marcelo Câmara fica preso após audiência de custódia

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A Justiça decidiu manter a prisão de Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após sua audiência de custódia nesta quinta-feira (19/6). A confirmação veio por meio do advogado de Marcelo Câmara, Eduardo Kuntz.

O coronel do Exército é acusado no processo que investiga uma suposta conspiração para manter Bolsonaro no poder depois das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi preso na quarta-feira (18/6) por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A prisão se baseia em uma suposta obstrução à Justiça. Marcelo Câmara já havia sido preso em janeiro de 2024 e libertado em maio, sob condições restritivas que ele teria descumprido, resultando na nova prisão.

Motivo da prisão

Marcelo Câmara foi preso por determinação de Alexandre de Moraes por violar medidas cautelares estabelecidas após sua libertação em maio de 2024. Entre as restrições, estava a proibição do uso de redes sociais, mesmo que por intermédio de terceiros.

O advogado de Marcelo Câmara usou uma rede social para se comunicar com o tenente-coronel Mauro Cid, delator do caso, o que foi interpretado por Moraes como violação das medidas restritivas, configurando obstrução da Justiça.

Defesa

A defesa de Marcelo Câmara afirmou que a justificativa para a prisão é infundada e anunciou que irá recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes. “Não há ilegalidade no cumprimento da prisão, o problema está na ordem de prisão em si, que será contestada no recurso a ser protocolado na segunda-feira (23/6), buscando a soltura dele o quanto antes”, declarou Eduardo Kuntz.

Eduardo Kuntz também divulgou áudios da conversa entre ele e o tenente-coronel Mauro Cid através de um perfil no Instagram. Essa comunicação foi apresentada no STF como parte da defesa, mas acabou sendo usada como elemento para acusar Marcelo Câmara de obstrução da Justiça.

Nova investigação

Na mesma decisão, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal ouça Eduardo Kuntz, Marcelo Câmara e Mauro Cid em até 15 dias. Essa medida visa investigar a possível prática de crime relacionado ao impedimento da investigação de uma infração penal envolvendo uma organização criminosa.




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