O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou nesta segunda-feira (8/12) seu posicionamento contra o assassinato de mulheres motivado por gênero. O petista, pré-candidato à reeleição em 2026, afirmou que esse crime é uma questão que envolve as instituições e que a responsabilidade pelo combate é dos homens.
“É muito raro, ou quase nunca, ver uma notícia de mulher agredindo o marido. Se acontecer, ele pode sentir vergonha e não contar a ninguém. Quem precisa mudar de atitude são os homens, não as mulheres”, declarou o chefe do Executivo durante a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social, em um discurso improvisado. Em vários momentos, Lula destacou a importância da responsabilidade masculina para mudar essa realidade.
Lula defendeu que o feminicídio seja tratado como “um problema claramente educacional”. “Precisamos começar a ensinar nas escolas, precisamos educar nossos filhos”, completou o presidente.
No domingo (7/12), aproximadamente 9,2 mil pessoas participaram de uma manifestação contra o assassinato de mulheres na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento, organizado pelo Movimento Nacional Mulheres Vivas, interditou os dois lados da avenida em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) por volta das 14h, reunindo mais de 9 mil participantes.

