Acusada pela Polícia Federal de participar de uma fraude milionária, a ex-chefe da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) no Distrito Federal, Lucia Helena de Carvalho, afirmou ter sido “injustamente indiciada” e que a investigação contra ela foi baseada em denúncias de “ardilosos grileiros” da capital federal.
Em carta, Lúcia Helena se definiu como “militante há 42 anos no DF de diversas causas sociais, fundadora do PT e da CUT [Central Única dos Trabalhadores], do Sindicato dos Professores, defensora dos direitos humanos”.
Sobre sua exoneração, ela afirma que o governo federal não convive com “suspeita”. “Assim, meu desligamento vem para que eu possa livremente me defender junto ao Ministério Público e provar a todos que só interessa aos grileiros a anulação do trabalho demarcatório da SPU-DF”, escreveu.
Na carta, ela diz que se coloca “à disposição para todo e qualquer debate para esclarecer dúvidas”.
Outra pessoa exonerada foi um diretor da Terracap. O órgão, em nota, afirmou que se houver confirmação da polícia sobre efetiva cumplicidade dessa pessoa na irregularidade, irá apurar os fatos e adotar as medidas previstas na legislação.