A companhia aérea Azul anunciou na sexta-feira (12/12) que a Justiça dos Estados Unidos aprovou o plano de recuperação financeira submetido pela empresa no processo conhecido como Chapter 11, que é semelhante à recuperação judicial no Brasil. O plano recebeu mais de 90% de aceitação entre todos os credores qualificados para votar.
Com a aprovação, a Azul dá continuidade ao processo iniciado em 28 de maio, quando entrou com o pedido na Justiça americana para reorganizar suas dívidas. Foi a última das principais companhias aéreas brasileiras a recorrer a esse mecanismo.
A reestruturação prevê uma diminuição superior a US$ 3 bilhões em dívidas, além de reduções em contratos de arrendamento de aeronaves, juros anuais e custos relacionados à frota. A empresa estima que o processo de recuperação será concluído no início de 2026.
O plano aprovado também abrange alterações em acordos comerciais e contratos de leasing das aeronaves, o que, segundo a empresa, aumenta a flexibilidade financeira a longo prazo e estabelece bases para um crescimento sustentável após a recuperação.
Um elemento importante do plano é a oferta pública de ações que pode atingir até US$ 950 milhões. Essa operação será realizada em etapas e inclui a troca de créditos de alguns credores por participação acionária na companhia.
Sobre a recuperação judicial
A recuperação judicial é um procedimento que permite que empresas renegociem suas dívidas para evitar o fechamento, demissões em massa ou atrasos salariais aos trabalhadores.
Por meio desse processo, as empresas ficam temporariamente desobrigadas de quitar suas dívidas imediatamente, devendo apresentar um plano para regularizar sua situação financeira e continuar em atividade.
Basicamente, é uma tentativa de impedir que a empresa entre em falência.

