Um jovem chinês é o caso mais jovem registrado de Alzheimer, tendo sido diagnosticado aos 19 anos, após notar os primeiros sintomas aos 17. Casos assim são extremamente incomuns, pois o Alzheimer geralmente se manifesta em idosos, com os sintomas iniciais surgindo na terceira idade.
O Alzheimer é uma condição que degrada progressivamente a função cerebral, afetando memória e outras capacidades cognitivas. Embora sua causa exata seja desconhecida, fatores genéticos parecem ter papel importante. Essa doença é a forma mais predominante de demência entre idosos, representando mais da metade dos casos diagnosticados no Brasil.
Nos primeiros estágios, a perda de memória recente é o sintoma mais comum. Com a progressão da doença, outros sinais como confusão temporal e espacial, irritabilidade e dificuldades na comunicação aparecem.
Sintomas em idade jovem
Artigo no Journal of Alzheimer’s Disease de 2023 relata que o jovem começou a apresentar dificuldades de memória e concentração aos 17 anos. Pesquisadores da Universidade Médica da Capital de Pequim observaram que a capacidade de memória de curto prazo e a leitura estavam comprometidas, junto com a perda frequente de objetos pessoais.
Exames neurológicos evidenciaram encolhimento no hipocampo, região cerebral responsável pela memória, além de biomarcadores de Alzheimer no líquido cefalorraquidiano.
Após um ano na clínica especializada, o indivíduo demonstrou severa queda nas memórias imediata, de curto prazo e de longo prazo, comprometendo inclusive a conclusão do ensino médio. Ainda assim, manteve certa independência nas atividades diárias.
Testes revelaram que ele possuía diminuição significativa na memória de trabalho e imediata, em comparação com seus pares, comprometendo a retenção e manipulação de informações.
Características e causas do Alzheimer precoce
É raro casos tão jovens como este e o mais comum para início precoce é por volta dos 30 anos. Em muitos casos, o Alzheimer precoce está vinculado a mutações genéticas familiares. Contudo, no caso do jovem chinês, não foram identificadas mutações genéticas associadas ou histórico familiar, indicando que a origem da doença nesse caso ainda requer investigação.
A doença causa degeneração neural progressiva, cuja origem pode envolver proteínas anormais, inflamação, problemas vasculares e fatores genéticos.
Tratamento e acompanhamento
Embora não haja cura para Alzheimer, o tratamento foca em medicamentos que ajudam a retardar os sintomas, aliados a terapias físicas e estimulação cognitiva. O acompanhamento médico é essencial para manter a qualidade de vida.