O Irã declarou nesta quinta-feira (19/6) que poderá fechar o Estreito de Ormuz caso os Estados Unidos entrem no conflito ao lado de Israel. Este estreito é uma passagem marítima crucial para a saída do petróleo do Golfo Pérsico para a maior parte dos países exportadores da região.
O parlamentar iraniano Seyyed Ali Yazdi Khah destacou que o país possui várias alternativas e as usará se necessário. Conforme reportado pelo jornal Mehr, Teerã pode bloquear essa rota estratégica para proteger seus interesses.
Essa ameaça surge após a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou avaliará em duas semanas se os EUA entrarão no conflito entre Israel e Irã.
Ofensiva de Israel contra o Irã
Na semana passada, Israel lançou um ataque preventivo focado no programa nuclear iraniano, visando impedir que Irã desenvolva uma arma nuclear.
Como resposta, o Irã mobilizou uma ofensiva com drones e mísseis contra o território israelense.
O premiê Benjamin Netanyahu declarou no sábado (14/6) que a ofensiva continuará, prometendo atingir todas as bases iranianas.
Relatos indicam que parte do programa nuclear já sofreu danos pelos ataques. Danos mais significativos dependem do uso de bombas ou da intervenção direta dos EUA, situação solicitada pelo governo israelense.
Até o momento, o Estreito de Ormuz permanece aberto, mas caso os EUA entrem no conflito, Teerã poderá tomar medidas para bloqueá-lo.
Irã afirma que a liberdade de navegação no estreito será garantida somente se seus interesses estratégicos não forem ameaçados.
Este ponto estratégico no Golfo Pérsico é controlado pelo Irã e essencial para o comércio regional, sendo o caminho de aproximadamente 21% do petróleo mundial. Um bloqueio causaria impacto significativo no comércio global.
Oito dias de conflito
No oitavo dia de confrontos, Israel conduziu bombardeios em mais de 35 instalações e lançou mísseis contra Tabriz e Kermanshah, cidades no Irã, segundo comunicado militar israelense nesta sexta-feira (20/6).
Essa ação ocorreu logo após um míssil iraniano atingir a cidade de Be’er Sheva, em Israel. A mídia local informou que o sistema israelense de defesa antimísseis falhou, resultando em um impacto direto em edifícios. O incidente deixou cinco pessoas feridas.