António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), fez um apelo nesta quarta-feira (18/6) solicitando que nenhum país se envolva no conflito entre Israel e Irã. Ele destacou a importância do cessar-fogo entre as nações em um comunicado oficial.
“Faço um apelo firme para que todos evitem qualquer ampliação internacional do conflito. Qualquer intervenção militar adicional pode causar consequências graves não só para os envolvidos diretamente, mas para toda a região e para a paz e segurança globais”, afirmou Guterres.
Esse pronunciamento ocorre em um momento tenso, com o mundo aguardando ansiosamente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possível entrada dos EUA no conflito, apoiando Israel em sua tentativa de impedir o desenvolvimento do programa nuclear iraniano.
Ofensiva israelense
Após várias ameaças, Israel lançou um ataque considerado preventivo contra o Irã, focando especificamente no programa nuclear iraniano. O objetivo principal é evitar que o Irã desenvolva armas nucleares.
Como resposta, o Irã enviou um grande número de drones e mísseis contra Israel.
Em pronunciamento no sábado (14/6), o premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva continuará.
Nesta quarta, Trump fez declarações ambíguas sobre o tema, sugerindo incerteza quanto à sua decisão: “A situação é diferente de uma semana atrás […] Ninguém sabe o que farei. Pode ser que sim, pode ser que não.”
O líder máximo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, respondeu a uma postagem de Trump que pedia a rendição total do Irã, afirmando que “o povo iraniano não aceitará se render”.
Ao ser questionado sobre essa resposta durante entrevista na Casa Branca, Trump respondeu com ironia: “Boa sorte”.
Escalada e advertências
Segundo Khamenei, “os americanos devem saber que qualquer ação militar dos EUA terá consequências sérias e irreparáveis”.
Na terça-feira (17/6), Trump declarou que os EUA sabem onde está o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, mas decidiram não eliminá-lo por enquanto, para evitar mais vítimas civis. Isso acontece em meio ao crescimento das tensões entre Israel e Irã.
“Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está protegido. Por enquanto, não planejamos matá-lo. Nosso desejo é evitar ataques com mísseis contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está no limite”, escreveu Trump.