José Guimarães, líder do governo, explicou que a decisão de levar a questão do aumento do IOF ao Supremo Tribunal Federal não representa um confronto com o Congresso Nacional. Segundo ele, após a rejeição da alta do IOF pelo Congresso, o governo entendeu que recorrer ao STF era necessário para resguardar as competências exclusivas do Poder Executivo em assuntos fiscais.
Ele ressaltou que a iniciativa não é para desafiar o Legislativo, mas para assegurar que as prerrogativas do Executivo sejam respeitadas. O STF foi acionado para avaliar a constitucionalidade do decreto que instituiu o IOF, e não para provocar o Congresso.
Guimarães também afirmou que a decisão judicial cabe ao STF, enquanto a negociação política é função do governo. Comunicou ao presidente da Câmara, Hugo Motta, sobre o recurso judicial e pretende iniciar diálogo nas próximas semanas para buscar apoio aos projetos prioritários do governo.
Entre os temas a serem discutidos estão as medidas provisórias do setor elétrico e da saúde, propostas relativas ao ajuste fiscal, imposto de renda, segurança, Lei de Diretrizes Orçamentárias, e licenciamento ambiental. O líder reforçou que o esforço do governo não é para criar atritos com o Congresso, mas para combater a fome e garantir justiça fiscal, cobrando impostos de quem pode pagar, sem prejudicar as camadas mais vulneráveis da população.