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quinta-feira, 21/11/2024
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Garota detida disse estar pronta para cometer atentado na França

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A garota de 16 anos foi indiciada e foi colocada em prisão preventiva em Paris

Polícia francesa isola uma área depois de encontrar um cinto de explosivos em Paris, em novembro de 2015 (Eric Gaillard/Reuters/Reuters)
Polícia francesa isola uma área depois de encontrar um cinto de explosivos em Paris, em novembro de 2015 (Eric Gaillard/Reuters/Reuters)

Uma adolescente de 16 anos detida durante uma operação antiterrorista na cidade francesa de Melun foi indiciada nesta segunda-feira em Paris. A jovem, que foi colocada em prisão preventiva, se dizia pronta para cometer um ataque na França.

“Muito radicalizada”, a adolescente era a administradora de um grupo no Telegram, onde “retransmitia numerosas mensagens de propaganda do grupo Estado Islâmico, ecoava as chamadas para a realização de ataques e também expressava a sua intenção de agir”, informou uma fonte próxima à investigação.

Os investigadores chegaram até a adolescente, que não tem antecedentes criminais, após detectarem uma mensagem “muito preocupante” postada dentro deste grupo Telegram, disse a fonte. Ela foi detida na quinta-feira durante uma operação antiterrorista em Melun, a cerca de 50 km da capital francesa.

A adolescente foi indiciada por “associação criminosa em relação a uma empresa terrorista criminosa” e “incitação à prática de atos terroristas por um meio de comunicação on-line”, segundo a fonte.

Um inquérito judicial, confiado aos juízes do centro antiterrorista de Paris, foi aberto nesta segunda-feira pelo procurador de Paris.

Buscas foram realizadas na quinta-feira pela polícia de elite em Melun, incluindo na casa da família da menina. Nem armas nem explosivos foram descobertos. “Neste estágio da investigação, os investigadores não identificaram um alvo ou projeto concreto”, acrescentou a fonte próxima à investigação.

O computador e o celular da menor estão sendo analisados e “não houve, nesta fase, outras prisões”, disse a mesma fonte.

Semelhante ao WhatsApp, o aplicativo Telegram é regularmente apontado pelas autoridades como um dos meios preferidos dos jihadistas por causa de seu sistema de criptografia, que exige um código para decifrar as mensagens.

Os dois autores do ataque na igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray, Adel Kermiche e Abdel Petitjean, se conheceram através deste aplicativo, poucos dias antes do assassinato do padre Jacques Hamel.

(Com AFP)

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