O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, divulgou um relatório ao Congresso do país afirmando que a inflação tem mostrado sinais de desaceleração neste ano, embora permaneça em níveis relativamente altos. A instituição destacou que o aumento das tarifas sobre produtos importados nos EUA pode estar pressionando os preços de determinados bens de consumo.
O documento ressalta que o mercado de trabalho americano está estável, apresentando uma criação moderada de empregos em 2024 e uma taxa de desemprego baixa.
O Fed comenta que os impactos do aumento das tarifas sobre os preços ao consumidor ainda são incertos, devido às mudanças contínuas na política comercial, sendo cedo para prever as reações de consumidores e empresas.
Ainda que as expectativas de inflação de curto prazo tenham crescido significativamente neste ano, refletindo a preocupação com tarifas, a maioria das expectativas de longo prazo permanece alinhada com a meta de inflação de 2%, dentro dos parâmetros observados na década antes da pandemia. O Fed avalia que sua atual política monetária está preparada para aguardar mais informações sobre inflação e atividade econômica, reagindo adequadamente a possíveis mudanças.
Apesar do Produto Interno Bruto (PIB) real ter ficado estável no primeiro trimestre, a demanda doméstica final privada cresceu moderadamente, impulsionada por um leve aumento nos gastos dos consumidores e forte expansão nos investimentos. No entanto, o sentimento de famílias e empresas tem diminuído devido a preocupações com os efeitos das tarifas sobre inflação e emprego, além da incerteza econômica.
O Fed também continua reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e títulos hipotecários, desacelerando esse processo desde abril para garantir uma transição suave para maiores reservas. Embora o mercado de títulos do Tesouro funcione de maneira ordenada, a liquidez caiu para níveis registrados no começo de 2023.