O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou neste sábado (21/6) que, após conversa telefônica com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, ambos concordaram em acelerar as discussões entre a França, parceiros europeus e o Irã acerca do programa nuclear.
Na rede social X, o líder francês reforçou sua oposição ao Irã desenvolver armas nucleares e afirmou que o país deve garantir plenamente que suas intenções são pacíficas.
Conflito entre Israel e Irã
Os confrontos começaram na madrugada do dia 13/6, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ataques contra instalações nucleares e figuras militares em Teerã.
Em resposta, o governo iraniano realizou contra-ataques horas depois, elevando a possibilidade de um conflito mais amplo na região.
A mídia estatal iraniana relatou que mais de 430 pessoas morreram e 3.500 ficaram feridas desde o início das hostilidades.
O governo de Benjamin Netanyahu informou que os bombardeios visam impedir o avanço do programa nuclear iraniano, que considera uma ameaça direta à sua segurança.
O aumento rápido e intenso dos ataques reacende o receio de uma guerra maior no Oriente Médio, especialmente com o possível envolvimento dos Estados Unidos.
Macron disse: “O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, me ligou. Também manifestei minha séria preocupação com o programa nuclear do Irã. Minha posição está clara: o Irã nunca deve possuir armas nucleares.”
O presidente francês afirmou ainda que há uma solução para acabar com a guerra e evitar riscos maiores. “Por isso, vamos acelerar as negociações conduzidas pela França e seus parceiros europeus com o Irã.”
Além disso, Macron pediu a libertação de Cécile Kohler e Jacques Paris, presos em maio de 2022 em Teerã, acusados de espionagem.
Na sexta-feira (20/6), ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido se reuniram para buscar uma solução que impeça o agravamento do conflito nuclear iraniano.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, abriu a reunião e afirmou que esta situação é um conflito imposto injustamente ao povo iraniano.