Estudantes estrangeiros que desejam estudar nos Estados Unidos precisarão tornar seus perfis em redes sociais acessíveis às autoridades para que seja verificado se não há conteúdo contrário aos interesses americanos, conforme as novas regras do Departamento de Estado divulgadas na última quarta-feira (18).
Em maio, os EUA suspenderam temporariamente a emissão de vistos para estudantes estrangeiros para implementar esses novos critérios ligados às redes sociais. Agora, o processo de agendamento para pedidos de visto foi retomado com essa nova exigência.
Um representante do Departamento de Estado afirmou que a análise mais detalhada das redes sociais visa garantir que todas as pessoas que desejam entrar no país sejam devidamente avaliadas.
Os funcionários responsáveis pelos consulados americanos irão conduzir uma investigação minuciosa de todos os candidatos a visto de estudante e de intercâmbio, segundo a mesma fonte.
Os candidatos deverão deixar seus perfis em redes sociais em modo público para facilitar essa revisão.
Em um decreto assinado logo após assumir o cargo, o presidente Donald Trump solicitou verificações de antecedentes mais rigorosas para quem entra nos Estados Unidos, com o objetivo de assegurar que não tenham posturas contrárias ao povo, cultura, governo, instituições ou princípios do país.
Os vistos para estudantes têm sido alvo de atenção especial do governo Trump.
A administração revogou milhares de vistos e chegou a tentar impedir a aceitação de estudantes estrangeiros pela Universidade de Harvard.
O secretário de Estado, Marco Rubio, revogou os vistos de muitos estudantes que lideraram protestos contra a ofensiva israelense em Gaza.
Em abril, o Departamento de Segurança Interna anunciou que as redes sociais dos estudantes seriam avaliadas para detectar possíveis ações antissemitas, o que poderia resultar na negação do visto.
Há mais de dez anos, o governo americano monitora as redes sociais de pessoas que solicitam visto de imigração ou residência permanente.