Ao menos 43 indivíduos, incluindo 26 que estavam esperando por assistência, faleceram nesta sexta-feira (20) em Gaza, após serem atingidos por tiros ou bombardeios do Exército israelense, conforme comunicado da Defesa Civil do território palestino.
Entre as vítimas, 26 morreram enquanto aguardavam ajuda próxima ao corredor Netzarim, localizado no centro de Gaza, e outras 17 pessoas em cinco locais diferentes, conforme informado à AFP por Mohamad al Mughayyir, diretor das equipes médicas da entidade de emergência.
Diariamente, milhares de pessoas se dirigem a diversos pontos dentro do território cercado, na esperança de receber alimentos.
De acordo com Mughayyir, entre as vítimas está uma menina que foi morta a tiros pelas forças israelenses a oeste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
O Exército israelense não respondeu aos pedidos de comentário sobre os incidentes.
Desde o início de março, Israel implementou um bloqueio humanitário na região, que foi parcialmente suavizado ao final de maio, mas que gerou sérias carências de alimentos, remédios e outros produtos essenciais.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), mantida pelos Estados Unidos e Israel, com financiamento não transparente, iniciou a distribuição de ajuda no fim de maio, porém suas operações têm sido marcadas por cenas de caos e tragédias.
As agências da ONU também distribuem produtos essenciais, como farinha, porém de forma limitada.
Segundo o último balanço do Ministério da Saúde do Hamas, confiável para a ONU, 397 pessoas faleceram e mais de 3.000 ficaram feridas ao tentar alcançar os pontos de distribuição de ajuda em Gaza.
Devido às restrições impostas por Israel à imprensa em Gaza e às dificuldades de acesso à região em conflito, a AFP não pôde confirmar de forma independente os dados de vítimas fornecidos pela Defesa Civil.
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