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sexta-feira, 27/06/2025




Dívida Pública cresce 0,71% em maio e alcança quase R$ 7,7 trilhões

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A Dívida Pública Federal (DPF) tem apresentado crescimento impulsionado principalmente pelos juros, aproximando-se da marca de R$ 7,7 trilhões. Conforme dados recentes divulgados pelo Tesouro Nacional, a dívida aumentou de R$ 7,617 trilhões em abril para R$ 7,67 trilhões em maio, uma elevação de 0,71%.

Em junho do ano anterior, a dívida ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$ 7 trilhões. Apesar do aumento registrado em maio, o montante ainda está abaixo das projeções iniciais, que indicavam um fechamento de 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado em fevereiro.

A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi), composta por títulos, cresceu 0,7%, passando de R$ 7,31 trilhões para R$ 7,361 trilhões no último mês. O Tesouro resgatou R$ 25,03 bilhões a mais em títulos do que emitiu, com destaque para os papéis indexados à inflação. Contudo, o aumento da dívida ocorreu devido à apropriação de R$ 75,86 bilhões em juros, que ocorre mensalmente e reflete a correção dos juros aplicados sobre os títulos públicos.

Com a Taxa Selic em 15% ao ano, os juros impactam diretamente no crescimento do endividamento do país. Em maio, o Tesouro emitiu R$ 108,5 bilhões em títulos, enquanto os resgates somaram R$ 183,52 bilhões, especialmente em títulos atrelados à inflação que venceram no período.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) apresentou um aumento de 0,99%, subindo de R$ 306,13 bilhões para R$ 309,17 bilhões, influenciada pela valorização próxima a 1% do dólar no mês passado.

Após uma alta em abril, a reserva financeira conhecida como colchão da dívida pública, utilizada em períodos de turbulência e para amortizar grandes vencimentos, caiu para R$ 861 bilhões, ante R$ 904 bilhões no mês anterior. Esta reserva atualmente cobre cerca de 8,77 meses dos vencimentos previstos, que totalizam R$ 1,229 trilhão nos próximos 12 meses.

A composição da dívida passou por mudanças significativas, com uma redução da participação dos títulos indexados à inflação para 26,64% e aumento dos papéis prefixados para 21,1%. Os títulos atrelados à Taxa Selic tiveram elevação para 48,25%, refletindo o interesse dos investidores diante das recentes altas da taxa básica de juros.

Já a parcela da dívida vinculada à variação cambial manteve-se estável em 4,02%, dentro dos parâmetros previstos para o final de 2025.

O prazo médio para o governo refinanciar sua dívida subiu levemente para 4,20 anos, um indicador de maior confiança do mercado na capacidade do país honrar seus compromissos financeiros.

Entre os principais detentores da dívida interna, destacam-se as instituições financeiras com 30,1% do estoque, seguidas por fundos de pensão (23,6%) e fundos de investimento (22,4%). A participação de investidores estrangeiros também teve leve alta, chegando a 9,9% em maio.

Por meio da dívida pública, o governo obtém recursos necessários para cumprir suas obrigações financeiras, comprometendo-se a devolver os valores corrigidos por juros, inflação, dólar ou taxa prefixada conforme os termos dos títulos emitidos.




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