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sexta-feira, 12/12/2025

Direita radical alemã estreita laços com Trump e envia grupo aos EUA

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Uma comitiva de cerca de 20 parlamentares da AfD (Alternativa para a Alemanha), partido alemão de direita radical, parte nesta quinta-feira (11/12) para os Estados Unidos com o propósito de se reunir com membros do Partido Republicano e outros aliados políticos, conforme comunicado oficial da legenda divulgado na quarta-feira (10/12).

A AfD é a principal força de oposição na Alemanha e já contou com o apoio dos simpatizantes de Trump na última eleição legislativa do país. Markus Frohnmaier, deputado responsável pela política externa dentro do grupo parlamentar que visitará Washington, declarou que a AfD busca, junto aos seus parceiros internacionais, um renascimento conservador tanto na América do Norte quanto na Europa.

O conjunto da delegação é composto por membros do Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento alemão), representantes dos Estados federados (Länder) e do Parlamento Europeu. De acordo com Frohnmaier, a AfD está construindo alianças firmes com grupos que valorizam a soberania nacional, a identidade cultural e defendem políticas realistas em relação à segurança e imigração.

Em Nova York, os deputados também participarão de um evento promovido por uma associação de jovens republicanos com tendência radical. Conforme reportagem do jornal alemão Bild Zeitung, somente o custo da viagem dos deputados do Bundestag, financiada pelo Parlamento, está estimado em cerca de 60 mil euros.

Durante a campanha eleitoral na Alemanha, o vice-presidente americano JD Vance encontrou-se em Munique com a candidata da AfD à chancelaria, Alice Weidel. Ele chegou a pedir para que outros partidos alemães suspendessem a estigmatização da AfD durante a Conferência de Segurança de Munique, realizada em fevereiro.

Posições e críticas

A Alemanha, historicamente um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, tem manifestado críticas às posições do presidente americano. O chanceler conservador Friedrich Merz classificou na terça-feira (10) como “inaceitáveis” algumas partes da nova estratégia de segurança de Donald Trump, especialmente do ponto de vista europeu.

A AfD, por sua vez, celebrou o documento, que prevê o declínio da civilização europeia, em parte devido, segundo eles, à falta de controle sobre a imigração.

Knut Abraham, deputado democrata-cristão no Bundestag e antigo diplomata alemão em Washington, afirmou que “tanto os republicanos quanto a AfD colaboram para a destruição da Europa” e qualificou a aliança entre a AfD e o movimento MAGA (Make America Great Again), centrado em Trump, como “diabólica”.

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