Na sexta-feira, dia 14, comemoramos o Dia Mundial e Nacional do Diabetes. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) chama a atenção para o fato de que o diabetes é uma doença que dura a vida toda e, muitas vezes, não mostra sinais no começo, fazendo com que muitas pessoas não saibam que têm a doença por anos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de brasileiros convivem com o diabetes, mas cerca de 46% deles não sabem que têm a doença, o que significa que muitos vivem sem o tratamento necessário.
No Distrito Federal, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 12% das pessoas têm diabetes, o que representa aproximadamente 200 mil pessoas. Algumas dessas pessoas podem ainda não ter sido diagnosticadas, especialmente quem tem o diabetes tipo 2, que muitas vezes não apresenta sintomas claros no início. Isso preocupa os especialistas, porque quando o diagnóstico é feito tarde, o risco de problemas graves, como doenças do coração, perda da visão, problemas nos rins e até amputações, aumenta.
O que é o diabetes?
Tatiana Wanderley, endocrinologista do Hospital de Base (HBDF), explica que o diabetes acontece quando o corpo tem muito açúcar no sangue. Isso pode ser porque o corpo não produz insulina suficiente ou porque não usa bem a insulina que produz. No tipo 2, esse processo é lento, e a pessoa pode não perceber os sintomas no começo. Por isso, o diabetes pode passar despercebido e a pessoa continua sua rotina normalmente, sem perceber que está doente.
A médica destaca que os sintomas claros, como muita sede, vontade de urinar várias vezes, perda de peso e cansaço, geralmente aparecem quando a doença já está em um estágio avançado. Em casos graves, problemas no coração e derrames podem acontecer. Por isso, fazer exames regulares é muito importante para identificar o diabetes cedo e evitar complicações.
Tipos mais comuns de diabetes
Tatiana Wanderley explica que existem vários tipos de diabetes, mas os mais comuns são o tipo 1 e o tipo 2. No tipo 1, o corpo para de produzir insulina, hormônio essencial para controlar o açúcar no sangue, e quem tem esse tipo precisa tomar insulina todos os dias. Esse tipo costuma aparecer na infância ou adolescência, mas pode surgir em qualquer idade.
O tipo 2 acontece quando o corpo produz insulina, mas não consegue usá-la direito. Esse tipo é mais comum em adultos, especialmente depois dos 40 anos, e está ligado a fatores como alimentação ruim, histórico na família, sedentarismo e excesso de peso.
A médica reforça: “no tipo 1, o corpo não produz insulina; no tipo 2, ele produz, mas não usa do jeito certo”. Por isso, o tipo 2 pode não ser percebido por muito tempo.
O diabetes é diagnosticado por exames de sangue como a glicemia em jejum, a hemoglobina glicada e o teste de tolerância à glicose. Esses exames são simples e estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde.
O diabetes também pode surgir durante a gravidez, conhecido como diabetes gestacional, que precisa de cuidado especial para proteger a mãe e o bebê. Uma alimentação saudável e o acompanhamento pré-natal são fundamentais.
Como prevenir o diabetes tipo 2
O diabetes tipo 1 não tem prevenção conhecida, mas o tipo 2 pode ser evitado com hábitos de vida saudáveis. Tatiana Wanderley recomenda manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos, controlar o peso, evitar muito açúcar e alimentos ultraprocessados, além de fazer exames regulares para acompanhar a saúde.
A médica alerta que o diagnóstico precoce é fundamental para garantir uma boa qualidade de vida. Com tratamento e cuidados, é possível controlar o diabetes e viver bem.
Reconheça os sintomas
No Dia Mundial e Nacional do Diabetes, é importante lembrar a todos sobre a importância de identificar a doença cedo e prevenir. Fique atento aos sinais e cuide da saúde com hábitos simples e regulares.
Procure um médico se notar sede muito forte, fome constante, vontade frequente de urinar, cansaço que não passa e perda de peso sem motivo aparente. A prevenção começa no dia a dia, com alimentação saudável, exercícios, controle do peso e exames médicos regulares.
Informações fornecidas pelo IgesDF.