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quarta-feira, 12/11/2025




Dia de cuidar do coração: prevenção das arritmias

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No último domingo (9), Douglas Rodrigues, 29 anos, enfrentou uma situação que fazia com que sua única preocupação fosse sobreviver. Sentindo fortes dores no peito, dormência nos braços e na boca, e suor intenso, ele buscou ajuda no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Durante a triagem, sofreu uma parada cardíaca e perdeu a consciência várias vezes. Depois, foi transferido para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde realizou um procedimento para tratar seu coração.

Graças ao atendimento rápido das equipes do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), Douglas teve um desfecho positivo. Casos como o dele reforçam a importância de reconhecer os sintomas cedo e buscar ajuda médica imediatamente.

Ximena Ferrrugem Rosa, cardiologista do HBDF, comenta: “Conhecendo o histórico de doenças na família, conseguimos identificar quem tem maior risco”.

Esta quarta-feira (12) é o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, data que destaca a necessidade de cuidados com o coração. A cardiologista Ximena Ferrrugem Rosa lembra que o acompanhamento regular é fundamental, especialmente para quem tem antecedentes familiares de doenças do coração, pressão alta ou diabetes.

“Hoje, com a medicina avançada, podemos fazer testes genéticos para avaliar os riscos e agir preventivamente nas pessoas mais vulneráveis”, explica a médica.

Ximena também recomenda hábitos saudáveis, como reduzir o consumo de sal e açúcar e manter uma rotina regular de exercícios. Ela alerta contra o uso de drogas e anabolizantes, como a testosterona, que têm levado a um aumento de casos de infarto devido ao uso inadequado desses hormônios.

Frequência dos casos

O infarto do miocárdio é uma das maiores causas de morte no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, são registrados entre 300 mil e 400 mil casos anualmente, com uma morte a cada cinco a sete ocorrências.

Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostram que até junho deste ano, houve 1.458 internações por infarto, com 55 óbitos. Em 2023, foram 2.428 internações e 101 mortes; em 2024, 2.306 internações e 107 mortes.

Douglas, que antes não tinha problemas de saúde, afirma que o evento foi um alerta: “Preciso mudar meus hábitos. Vou começar a andar de bicicleta e caminhar quando voltar para casa”.

Sintomas que indicam problemas no coração

Doenças do coração geralmente aparecem com sintomas como falta de ar, dor no peito que pode se espalhar para o queixo, pescoço, braços, costas ou parte superior do abdômen, principalmente durante esforço físico. Palpitações, inchaço nas pernas ao acordar e desmaios também podem ocorrer.

Ximena explica: “Muitas pessoas confundem a falta de ar com cansaço ou dificuldade em realizar tarefas que antes eram fáceis, por isso é importante prestar atenção”. Ela ressalta que algumas doenças cardíacas podem apresentar poucos sintomas claros ou manifestar sinais diferentes, especialmente em mulheres, idosos e diabéticos.

Um episódio de suor excessivo, náusea e mal-estar quando a pessoa tem risco para problemas do coração pode ser um sinal preocupante. A morte súbita pode ser a primeira manifestação de uma doença grave no coração.

No caso das arritmias, o coração pode bater mais de 100 vezes por minuto em situações de esforço, estresse, ansiedade, dor, desidratação ou infecções.

Ximena alerta: “Se essa aceleração acontece em repouso ou dura vários minutos após a atividade física, é necessário buscar avaliação médica, principalmente se vier acompanhada de tontura, dor no peito, falta de ar ou desmaio”.

Com informações Agência Brasília




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