A Secretaria de Saúde do DF disponibilizou o primeiro lote com 80 mil doses contra a influenza, direcionadas a 1,2 milhão de pessoas pertencentes aos grupos prioritários. Campanha teve início nessa terça-feira (25/3)
A campanha de vacinação contra a gripe no Distrito Federal teve início nessa terça-feira (25/3). Ao todo, mais de 1,2 milhão de pessoas estão aptas para tomar o imunizante. O primeiro lote conta com 80 mil doses que combatem a influenza A (H1N1 e H3N2) e a influenza B, que são os vírus de maior circulação do Brasil.
As vacinas serão distribuídas para os grupos prioritários, que incluem idosos, crianças entre 6 meses e 5 anos, gestantes, puérperas, professores das redes públicas e privadas, indígenas, quilombolas, profissionais da saúde, população privada de liberdade, membros das forças armadas, pessoas com doenças crônicas e em situação de rua.
O secretário de Saúde, Juracy Lacerda Cavalcante Júnior, reforçou a importância da imunização da população. “A vacinação é a nossa principal ferramenta para diminuir complicações graves e internações causadas pela influenza. É um ato de cuidado consigo mesmo e com o outro”, relatou.
Atendimento rápido
Na Unidade Básica de Saúde 2 (UBS), da Asa Norte, ontem de manhã, o fluxo de pessoas estava tranquilo, com filas pequenas e atendimento rápido, enquanto na UBS 1, o movimento era maior, com espera do público presente para a imunização.
A aposentada Márcia Laiz, de 78 anos, foi uma das primeiras a receber a dose na UBS 2. Para ela, manter a vacinação em dia é essencial. “Foi uma luta tão grande para conseguirmos as vacinas, então acho importantíssimo. Eu sempre me vacinei e nunca tive uma gripe forte”, relatou ao Correio. Seu marido, Jaime Laiz, 98, também está com o calendário vacinal em dia. “Quero viver mais anos, sempre saudável”, disse.
Edilene Ferreira do Nascimento, 47, cuidadora de idosos, também esteve na UBS 2, da Asa Norte. Ela ressaltou a importância da vacina para quem trabalha com pessoas vulneráveis. “Se eu pegar gripe, posso passar para meus pacientes. Por isso, eu preciso ter um cuidado com minha saúde e com os outros”, acrescentou.
Já na UBS 1, da Asa Sul, Antônio Cunha, 68, reforçou a importância da imunização. “Desde 2014, nunca mais tive gripe. Sempre me cuidei, usei máscara na pandemia e nunca peguei covid. Agora estou aqui para evitar algo pior, porque sei que uma gripe pode virar pneumonia”, contou.
Ele relembrou um episódio de quando morava no Pará e teve uma infecção respiratória grave. “Trabalhava lavando pratos e peguei uma bronquite forte. Foi sério, tomei muitos antibióticos. Na época, via muita gente falecer por conta disso, mas, graças a Deus, me recuperei e cuido bastante da minha saúde”, declarou o aposentado.
Imunização
Além de evitar complicações da doença, estudos realizados pelo Centro de Controle dos Estados Unidos apontam que, no Brasil, a vacinação contra a influenza reduz em até 35% o risco de hospitalização entre grupos de alto risco e 58,7%, para pessoas com comorbidades.
Para se vacinar, basta procurar uma das UBSs do DF levando um documento de identificação e o cartão de vacinação. A dose deste ano protege contra os vírus H1N1, H3N2 e B. Além disso, a aplicação pode ser feita em conjunto com outras vacinas do calendário de rotina.