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quinta-feira, 19/06/2025




Copom pode pausar aumento da Selic, mas mantém alerta para nova alta

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Em Brasília

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou que está considerando interromper o ciclo de elevações da taxa Selic nas próximas reuniões, após o aumento de 0,25 ponto percentual, elevando a taxa para 15,00% ao ano. No entanto, o comitê alertou que poderá retomar os aumentos se julgar necessário na reunião de julho.

Essa possível pausa tem como objetivo analisar os efeitos acumulados dos ajustes já efetuados, permitindo avaliar se a atual taxa de juros, mesmo mantida por um período prolongado, será suficiente para garantir que a inflação convirja para a meta estabelecida.

Copom ressaltou que permanecerá atento ao cenário econômico e que ajustará a política monetária conforme necessário, sem hesitar em continuar o ciclo de aperto se for apropriado.

A decisão de aumentar a Selic em 0,25 ponto percentual foi unânime e surpreendeu o mercado, cuja maioria esperava a manutenção da taxa. O Banco Central justificou que essa medida é coerente com a estratégia de controlar a inflação próxima à meta, ao mesmo tempo que busca suavizar as oscilações na atividade econômica e estimular o pleno emprego.

Para o horizonte relevante da política monetária até 2026, o Copom manteve a projeção da inflação em 3,6%, abaixo do teto da meta de 4,5%, mas alertou que a trajetória anteriormente prevista para a taxa Selic poderia ser insuficiente para alcançar a meta de 3,0% no período observado.

Com o recente aumento, o Brasil passou a ter a segunda maior taxa real de juros do mundo, ficando atrás apenas da Turquia. O ambiente internacional permanece desafiador, principalmente devido à incerteza na economia dos Estados Unidos e tensões geopolíticas.

O comitê também ressaltou que os riscos para a inflação continuam elevados e que é necessário manter a taxa de juros em um nível consideravelmente restritivo por um tempo prolongado para garantir a convergência da inflação à meta. O Copom segue monitorando de perto os impactos da política fiscal e as condições dos mercados financeiros.




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