Após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenar à Câmara dos Deputados a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), quem deverá assumir a vaga no Legislativo é o seu suplente, Coronel Tadeu (PL-SP).
Nas eleições de 2022, Coronel Tadeu foi candidato pelo PL ao cargo de deputado federal por São Paulo, mas não conseguiu se reeleger, obtendo 61.546 votos.
Conhecido por suas atitudes controversas, Tadeu já causou grande impacto no cenário político, como quando, na véspera do Dia da Consciência Negra, destruiu um cartaz sobre o racismo que estava em exposição na Câmara, em 2019, enquanto era deputado federal. Naquela época, o Conselho de Ética da Câmara recomendou a cassação de seu mandato, mas a decisão não foi confirmada pelo plenário.
O político é reconhecido por fazer parte da ala mais radical da direita bolsonarista. Em suas redes sociais, ele publica vídeos criticando decisões da Suprema Corte e de políticos ligados à esquerda.
Formação e carreira
Coronel Tadeu é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e também em Educação Física pela Escola de Educação Física da Polícia Militar. Além disso, possui mestrado em Ciências da Segurança Pública pela Polícia Militar de São Paulo.
Desde 1982, atua como oficial da Polícia Militar. Em 2012, assumiu o comando dos helicópteros da PM, conforme consta em sua biografia no perfil da Câmara dos Deputados.
Bolsonarista, Tadeu também foi diretor de Assuntos Institucionais da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de São Paulo, entre 2005 e 2008.
Ele iniciou sua trajetória política em 2019 pelo Partido Social Liberal (PSL). Agora, deve retornar à Câmara dos Deputados para ocupar a vaga deixada por Carla Zambelli.
Perda do mandato de Carla Zambelli
Na quinta-feira, 11 de dezembro, o ministro Alexandre de Moraes anulou o mandato de Carla Zambelli, contrariando a decisão anterior da Câmara dos Deputados, que havia mantido a parlamentar no cargo. O magistrado ressaltou que cabe ao Poder Judiciário decidir sobre a perda do mandato de um parlamentar que tenha sido condenado criminalmente com decisão final transitada em julgado.