John Matze disse que não participou da decisão feita pelos membros do conselho
O CEO e cofundador da rede social Parler, John Matze, anunciou nesta quarta-feira (03) que foi demitido da sua própria empresa pelos membros do conselho no final de janeiro.
O Parler ganhou destaque no último mês após adoradores de Donald Trump invadirem o Capitólio para impedir a oficialização da posse de Joe Biden, no dia 6 de janeiro. A rede social é conhecida pela sua falta de moderação e tornou-se um espaço para trumpistas planejarem a invasão e divulgarem conteúdo falso ou de extrema direita.
Na época, o aplicativo foi banido das lojas do iOS e Android e a Amazon anunciou que não forneceria seus serviços de computação em nuvem para a rede. Recentemente o site voltou ao ar, mas continua inacessível para usuários.
“Em 29 de janeiro de 2021, o conselho do Parler controlado por Rebekah Mercer decidiu encerrar imediatamente minha posição como CEO. Eu não participei dessa decisão”, disse Matze aos funcionários em um comunicado. A informação é da FOX Business.
Ele foi substituído temporariamente por Rebekah Mercer, cofundadora do Parler e também uma filantropa conhecida por suas doações a ala conservadora.
Após a decisão da Amazon, Matze afirma que encontrou “resistência constante” à sua visão original para a plataforma. “Nos últimos meses, encontrei resistência constante à minha visão de produto, minha forte crença na liberdade de expressão e minha visão de como o site Parler deve ser gerenciado”, escreveu o cofundador.
“Trabalhei horas intermináveis e lutei constantes batalhas para fazer o site Parler funcionar, mas neste ponto, o futuro de Parler não está mais em minhas mãos”, disse Matze. “Depois disso, estarei em busca de novas oportunidades onde minha perspicácia técnica, visão e as causas pelas quais sou apaixonado serão exigidas e respeitadas.”