O Parque Nacional do Monte Rinjan, local da trilha onde a brasileira Juliana Maris caiu próxima a um vulcão na Ilha de Lombok, Indonésia, relatou que sete socorristas conseguiram se aproximar do local após os esforços realizados na terça-feira (24/6). No entanto, devido à escuridão já presente às 21h10 locais, a equipe teve que pausar as operações de resgate e estabelecer um acampamento emergencial.
Conforme note divulgado nas redes sociais pelo parque, as ações de resgate naquela terça focaram na descida direta dos socorristas ao local em que Juliana se encontra, aplicando técnicas de resgate vertical. O terreno abrupto e as condições climáticas adversas constituem desafios significativos. Tentativas de apoio aéreo por helicóptero foram frustradas pela densa neblina.
“Se os obstáculos persistirem, uma alternativa para evacuação poderá ser o resgate pela trilha do Lago Segara Anak”, segundo o Parque Nacional do Monte Rinjan.
Ao todo, 48 profissionais de diversos grupos participam da operação, incluindo a Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), Unidade SAR Lotim Brimob, Polícia Florestal, EMHC, Lorax, carregadores locais e o grupo Rinjani Squad. Suprimentos adicionais foram enviados para sustentar a missão pelos próximos dois dias.
A operação conta com a supervisão do diretor de Operações de Busca e Salvamento, general de brigada da Marinha Edy Prakoso, e um representante da Embaixada do Brasil.
Juliana Maris, 26 anos, realizava um mochilão pela Ásia quando, no sábado (21/6), escorregou e despencou em um penhasco durante a trilha no vulcão Rinjani em Lombok, aguardando resgate há quatro dias.
Juliana estava acompanhada de outros turistas que contrataram uma empresa local para o passeio. Após a queda, ela parou a aproximadamente 300 metros do grupo. Informações anteriores sobre o socorro prestado foram desmentidas pela família.
O quarto dia das buscas começou às 6h locais (19h do dia anterior em Brasília) e foi divulgado pelo perfil no Instagram criado por Mariana Martins, irmã de Juliana, que serve como canal oficial de informações. A embaixada brasileira acompanha a operação no local.
A localização da jovem foi possível graças a um drone com sensor térmico; porém, a família afirmou que ela está mais afastada do que se estimava inicialmente — pelo menos 650 metros do ponto onde a equipe de resgate estacionou após descer 400 metros. Antes, acreditava-se que a equipe havia avançado 250 metros abaixo do penhasco, recuando a 350 metros de Juliana.
O perfil Resgate Juliana Marins, que possui mais de 1,3 milhão de seguidores, confirmou que o último trecho da trilha onde ocorreu a queda foi fechado pelas autoridades para evitar aglomeração de turistas.
Na segunda-feira, Juliana foi avistada imóvel a cerca de 500 metros do ponto de queda, conforme informou a Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas).