Ricardo Furquim, brasileiro, está no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha, e compartilhou com o Metrópoles os desafios para deixar o país após o ataque iraniano à base aérea norte-americana de Al Udeid no Catar, ocorrido na segunda-feira (23/6).
“Não houve pânico causado por mísseis no aeroporto. Porém, a situação está caótica e desorganizada, e não tivemos nenhum apoio. Estamos na fila para alterar o voo pela terceira vez”, revelou Ricardo Furquim.
Ele enviou um vídeo ao Metrópoles mostrando as condições do aeroporto e comentou que não houve sirene ou alarme durante o ataque com mísseis do Irã.
“A companhia aérea falhou na organização: vários voos foram cancelados e havia apenas três atendentes para ajudar. Esperei 4h30 na fila para resolver minha passagem, fila esta que estava relativamente curta, e as pessoas que chegaram depois podem passar até 8 horas nessa espera”, contou.
De acordo com Ricardo, a companhia reagendou o voo e os passageiros foram direcionados a um portão. No local, um anúncio no sistema de som informou que esse seria o embarque para Hong Kong. Logo depois, um funcionário comunicou que o voo poderia atrasar e sugeriu que eles descansassem, afirmando que o embarque seria naquele ponto. Contudo, ao consultar o sistema, Ricardo notou que o voo estava cancelado, o que gerou frustração e a sensação de descaso.
Ele ressaltou que entende a complexidade da situação por questões de segurança, mas o que incomoda é a companhia aérea não permitir que os passageiros deixem o aeroporto.
“Talvez pela dificuldade de agendar voos, mas por que não nos deixam sair? Poderíamos dormir, ficar em hotel ou mesmo encontrar um lugar para descansar no aeroporto. Desde ontem até agora não conseguimos dormir por causa dessa espera prolongada e da falta de assistência”, desabafou Ricardo Furquim.