Mundo
Banco Mundial planeja dar apoio de US$ 1,5 bilhão à Ucrânia
Os fundos ajudarão a pagar as pensões e os trabalhadores hospitalares, e continuarão os programas sociais para os vulneráveis

A primeira-ministra lituana Ingrida Šimonytė e seu colega ucraniano Denys Shmyhal visitam a cidade de Borodianka. Fotografia: Serviço de Imprensa Governamental da Ucrânia/Reuters
O Banco Mundial está planejando um apoio financeiro à Ucrânia no valor de US$ 1,5 bilhão (£ 1,2 bilhão) para ajudar a manter serviços críticos funcionando enquanto o país luta contra um novo ataque da Rússia na guerra em andamento de Vladimir Putin.
O banco disse que os fundos serão usados para apoiar a continuidade dos principais serviços governamentais, incluindo salários para funcionários de hospitais, pensões para idosos e programas sociais para pessoas vulneráveis.
Além dos US$ 944 milhões de financiamento de emergência já mobilizados pelo Banco Mundial, a instituição disse que está preparando o novo financiamento para ajudar os serviços governamentais essenciais a continuarem funcionando durante a guerra.
O financiamento do projeto de investimento de US$ 1,5 bilhão inclui US$ 1 bilhão de apoio por meio de seu braço da Associação Internacional de Desenvolvimento, bem como US$ 472 milhões em financiamento garantido por sua divisão do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.
Ao anunciar os fundos em um discurso na Polônia na terça-feira, David Malpass, presidente do Banco Mundial, disse que a organização está fornecendo capital de giro imediato para empresas que fornecem suprimentos essenciais para a Ucrânia .
“Estamos trabalhando para ajudar os refugiados ucranianos enquanto eles planejam seu retorno para casa, ajudar as comunidades anfitriãs à medida que absorvem os ucranianos e ajudar os muitos milhões de pessoas deslocadas internamente na Ucrânia que perderam suas casas e meios de subsistência”, disse ele.
Fundada em 1944 para ajudar na reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial, a organização com sede em Washington inclui a Rússia e a Ucrânia como membros. Malpass, que se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em Munique em 19 de fevereiro, dias antes do início da guerra, disse que o banco está “pronto para ajudar a Ucrânia na reconstrução quando chegar a hora”.
O chefe do órgão de desenvolvimento global disse que está analisando os impactos da guerra em andamento, incluindo o aumento dos preços de alimentos e energia que deve ter um impacto severo em países de baixa renda em todo o mundo. “[Estamos] preparando uma resposta emergente à crise que fornecerá apoio focado aos países em desenvolvimento”, disse ele.
A Organização Mundial do Comércio rebaixou suas previsões de crescimento do comércio global para o ano, dizendo que as perspectivas para a economia global pioraram desde que a guerra começou em 24 de fevereiro.
Com amplas sanções impostas por aliados ocidentais em resposta à guerra de Putin, a economia russa deverá cair em uma profunda recessão. Um ex-ministro das Finanças russo, Alexei Kudrin, disse que a economia está prestes a sofrer a maior contração na produção econômica desde 1994, quando o país lutava para se recuperar do colapso da União Soviética.
Os ministros da economia e das finanças do Kremlin estão trabalhando em novas previsões, informou a agência de notícias estatal RIA. “A previsão oficial seria de mais de cerca de 10% de contração”, disse Kudrin, que foi ministro das Finanças de Putin de 2000 a 2011, segundo o relatório.
O Banco Mundial disse na semana passada que a economia da Rússia deve contrair 11,2% este ano , enquanto a Ucrânia sofrerá uma queda de 45,1% dada a magnitude da crise humanitária desencadeada pela guerra.
No entanto, o conflito também está levando a uma ruptura global, com um forte aumento nos preços de energia, fertilizantes e alimentos. Juntos, Rússia e Ucrânia respondem por mais de um quarto das exportações globais de trigo, com países de baixa renda no Oriente Médio e norte da África entre os maiores compradores.
Malpass alertou que a guerra na Ucrânia e os contínuos bloqueios de Covid na China estão afetando a recuperação econômica global da pandemia.
Falando antes das reuniões de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional na próxima semana, ele disse que os países mais pobres terão mais dificuldade em responder aos choques do que os países ocidentais mais ricos.
“As repercussões estão piorando a desigualdade, pois a guerra afeta os mercados de commodities e financeiros, as ligações comerciais e migratórias e a confiança dos investidores e consumidores”, disse ele.

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Ocidente pede paz, mas ‘joga lenha na fogueira’ enviando armas à Ucrânia, diz diplomata russo
O embaixador russo na Argentina, Dmitry Feoktistov, afirmou que o Ocidente busca a paz apenas em suas declarações, mas, na prática, tenta prolongar sua guerra por procuração contra a Rússia através dos ucranianos.

© AFP 2022 / Genya Savilov
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Conselho de Segurança da Rússia: OTAN vê como cenário ideal conflito na Ucrânia ardendo eternamente
Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, teceu duras críticas à OTAN, que acredita usar a Ucrânia e prolongar o conflito no país.

Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, teceu duras críticas à OTAN, que acredita usar a Ucrânia e prolongar o conflito no país.
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Rússia prosseguirá com operação apesar da pressão do Ocidente e seu apoio à Ucrânia, diz Shoigu
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, declarou que a Rússia prosseguirá com a operação na Ucrânia apesar da pressão do Ocidente.

© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia
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Primeiro soldado russo é condenado à prisão perpétua na Ucrânia
Vadim Shishimarin, de 21 anos, admitiu ter matado um civil de 62 anos que empurrava sua bicicleta enquanto falava ao telefone

(AFP/Sergei SUPINSKY)
Um tribunal de Kiev condenou nesta segunda-feira (23) um soldado russo considerado culpado de crimes de guerra à prisão perpétua, no primeiro veredicto do tipo desde o início da invasão russa daUcrânia, cujo presidente pediu em Davos o fim de todo o comércio com a Rússia.
Enquanto os bombardeios russos se concentravam no leste da Ucrânia, todos os olhos estavam voltados para Kiev nesta segunda, onde foi realizado o primeiro julgamento de um soldado russo por crimes de guerra na Ucrânia.
Vadim Shishimarin, de 21 anos, admitiu ter matado um civil de 62 anos que empurrava sua bicicleta enquanto falava ao telefone.
“O tribunal considerou (Vadim) Shishimarin culpado e o sentenciou à prisão perpétua”, declarou o juiz Sergiy Agafonov.
Em audiência na semana passada, Shishimarin declarou que lamentava o ocorrido e pediu “perdão” à viúva da vítima, justificando suas ações pelas “ordens” recebidas.
Mas os promotores disseram que ele disparou entre três e quatro balas com a intenção de matar o civil.
O tribunal também o considerou culpado de assassinato premeditado. “O assassinato foi cometido com intenção direta”, disse o juiz.
O advogado de Shishimarin, Viktor Ovsyannikov, afirmou que vai recorrer do veredicto. Espera-se que esta sentença histórica seja seguida por outras, já que a Ucrânia abriu milhares de casos de crimes de guerra desde a invasão por Moscou.
Cessar o comércio com a Rússia
Enquanto o veredicto era lido, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial em Davos o fim de qualquer tipo de comércio com a Rússia e as sanções “máximas” possíveis.
“As sanções deveriam ser assim, deveriam ser máximas (…) E acho que ainda não existem tais sanções contra a Rússia”, afirmou Zelensky em um discurso por videoconferência diante de uma sala cheia que se levantou para aplaudi-lo.
Os países ocidentais impõem sanções econômicas à Rússia. Mas enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido pararam de importar petróleo, a União Europeia ainda não chegou a um acordo sobre o assunto devido à dependência de alguns de seus membros do petróleo e gás russos.
“Deveria haver um embargo ao petróleo russo, todos os bancos russos deveriam ser bloqueados, sem exceção, o setor de tecnologia russo deveria ser abandonado. Não deveria haver comércio com a Rússia”, assegurou o presidente.
Zelensky também pediu mais armas para seu país. “A Ucrânia precisa de todas as armas que pedimos, não apenas das que foram fornecidas”, declarou, considerando que, se as tivesse obtido em fevereiro, “o resultado teria sido dezenas de milhares de vidas salvas”.
Vários líderes ucranianos estão presentes em Davos, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, e o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko.
Táticas de terra arrasada
Após fracassar em seu objetivo inicial de capturar Kiev, as forças de Moscou estão agora focadas em garantir e expandir seus ganhos militares na região do Donbass e na costa sul da Ucrânia.
Na cidade de Severodonetsk, foco de confrontos recentes, o governador regional Sergei Gaidai acusou as forças russas de “usar táticas de terra arrasada, destruindo deliberadamente” a cidade.
Gaidai denunciou que a Rússia está reposicionando tropas da região de Kharkiv (norte), tropas que participaram do cerco de Mariupol (sudeste), milícias separatistas pró-Rússia e até tropas recém-mobilizadas da Sibéria para se concentrar nas regiões de Donetsk e Lugansk.
O mesmo acontece em termos de armas. “Tudo está concentrado aqui”, acrescentou o governador, incluindo os sistemas antiaéreos e antimísseis S-300 e S-400, semelhantes aos americanos Patriot.
Severodonetsk, um ponto crucial na batalha pelo Donbass, está sob fogo de Moscou “24 horas por dia”, denunciou Gaidai.
O exército ucraniano anunciou no Facebook no domingo um balanço de pelo menos sete civis mortos e oito feridos no bombardeio de 45 comunidades na região de Donetsk.
O destino de Severodonetsk se assemelha ao de Mariupol, com uma paisagem apocalíptica após várias semanas de cerco.
De acordo com o MP ucraniano, o país abriu mais de 12 mil investigações por crimes de guerra desde 24 de fevereiro, quando começou a invasão russa.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em viagem pela Ásia, disse em Tóquio nesta segunda-feira que a Rússia “tem que pagar um preço de longo prazo” por sua “barbárie na Ucrânia” em termos de sanções impostas a Moscou.
“Não se trata apenas da Ucrânia”, afirmou Biden. “Se as sanções não forem mantidas em muitos aspectos, que sinal enviaríamos à China sobre o custo de uma tentativa de tomar Taiwan à força?”, perguntou.
A Rússia anunciou nesta segunda-feira que recebeu o plano de paz proposto pela Itália e o está estudando.
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Japão detecta grupo de navios chineses perto da ilha de Okinawa em meio a tensões no Pacífico
Ministério da Defesa do Japão informou que neste sábado (21) que um grupo de navios chineses, incluindo um porta-aviões, navegou do oceano Pacífico para o mar da China Oriental através das águas entre duas ilhas da prefeitura de Okinawa.

© AFP 2022 / STR
The JMSDF monitored the passage of 7 PLAN ships 🇨🇳 in the East China Sea today between Miyakojima & Okinawa. Ships included:
Type 054A Xiangtan
Type 055 Nanchang
Aircraft carrier Liaoning
Type 052D Xining
Type 052D Ürümqi
Type 052D Chengdu
Type 901 fast combat support ship pic.twitter.com/U9Avg2S0sh— Intel Air & Sea (@air_intel) May 22, 2022
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Biden promete resposta militar caso China invada Taiwan
O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que os EUA estão prontos para responder militarmente e defender Taiwan em caso de invasão chinesa.

© AP Photo / Susan Walsh