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terça-feira, 01/07/2025

Adolescente planejou esconder corpos de família de forma chocante

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A cada dia que passa e as investigações sobre o adolescente de 14 anos que matou toda a família avança, detalhes brutais continuam a emergir. Policiais civis do Rio de Janeiro (PCERJ) receberam informações revelando que o acusado e sua namorada virtual, de 15 anos, conversaram pelo Instagram sobre maneiras de descartar os corpos, chegando a cogitar alimentar porcos com eles.

A jovem, namorada do suspeito e residente em Água Boa (MT), foi detida em 30 de junho, mais de uma semana após o crime em Itaperuna, RJ. Ela teria instigado e participado ativamente do evento trágico.

Os dois debateram formas para executar o crime e ocultar as evidências. A motivação confessada pelo adolescente foi a proibição dos pais para que ele se encontrasse com a namorada, com quem mantinha um relacionamento há seis anos. O delegado Carlos Augusto Guimarães destacou que a mãe e o pai do menor, Inaila Teixeira e Antônio Carlos Teixeira, não permitiam que a jovem visitasse a residência no Rio de Janeiro, o que causou ressentimento no filho.

O triplo homicídio aconteceu em 21 de junho, e os corpos foram encontrados apenas em 25 de junho, em uma cisterna, após a polícia detectar um odor forte na residência. O adolescente foi detido no mesmo dia.

Nas investigações, ficou claro que ele atirou na cabeça dos pais e no pescoço do irmão mais novo, de três anos, para poupá-lo do sofrimento da perda.

A relação virtual entre o adolescente e a jovem do Mato Grosso durava cerca de seis anos, iniciada por meio de jogos online. A comprovada proibição dos pais para que ele viajasse até lá, conforme exigência da namorada, é apontada como fator desencadeante do crime.

Durante a perícia, uma mochila pronta para viagem e os celulares das vítimas foram encontrados. Uma linha de investigação adicional considera que o jovem pesquisou sobre como sacar o FGTS de uma pessoa falecida, com o possível objetivo de obter aproximadamente R$ 33 mil.

A namorada depôs na Delegacia de Água Boa acompanhada da mãe, negando envolvimento, mas as mensagens trocadas indicam participação ativa, inclusive na data do crime, conforme declarou a polícia.

Carlos Augusto enfatizou a premeditação e o planejamento detalhado do crime, exibido nas conversas, onde os adolescentes discutiram meios para evitar serem descobertos e mantiveram diálogos sobre o distanciamento no relacionamento. Em uma mensagem, a jovem pressionou o namorado a visitá-la, o que foi interpretado como chantagem emocional.

Em suas conversas, o rapaz expressou que o pai deveria ser morto primeiro para facilitar a execução dos outros membros da família. Eles cogitaram métodos extremos para desaparecer com os corpos, incluindo o uso de cães farejadores, fragmentação, queima ou até a alimentação dos cadáveres a porcos, evidenciando total desrespeito pela vida.

Além disso, discutiram a necessidade de aguardar um momento afastado do irmão pequeno para facilitar o assassinato dos pais. Eles também consideraram optar por matar a mãe da adolescente e a avó do jovem, porém desistiram para não chamar atenção em excesso.

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