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quarta-feira, 15/10/2025

Zema nomeia ex-promotor que atuou para mineradoras para liderar órgão ambiental

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O governador Romeu Zema (Novo) escolheu o ex-promotor do Ministério Público de Minas Gerais, Edson Resende, para liderar a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), que é responsável pelo controle de barragens e autorização de atividades de mineração no Estado.

Edson Resende se aposentou do Ministério Público em Minas Gerais no ano passado e criou um escritório de advocacia que teve várias empresas mineradoras como clientes, entre elas a Itaminas, que está envolvida em discussões sobre a reabertura da Mina da Jangada em Brumadinho, local do desastre com barragem da Vale em 2019.

A nomeação acontece menos de um mês depois da Operação Rejeito, realizada pela Polícia Federal, que investiga fraudes em autorizações ambientais para mineradoras e que resultou na prisão do antigo presidente da Feam, Rodrigo Franco.

A Polícia Federal afirma que o grupo investigado favorecia projetos por meio do pagamento a servidores públicos de órgãos como a Feam, a Agência Nacional de Mineração e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

A Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais destacou que a escolha de Edson Resende considerou sua longa experiência de mais de 30 anos no Ministério Público com foco em questões ambientais e seu conhecimento técnico e jurídico.

Depois da aposentadoria, Edson Resende trabalhou por um tempo como consultor jurídico, conforme a lei permite, acompanhando a diretoria da Itaminas em encontros institucionais com o Ministério Público, mas sem representar formalmente a empresa em processos legais.

Para assumir a liderança da Feam, ele deixou o escritório de advocacia que criou, afastando-se de suas atividades jurídicas.

Edson Resende negou qualquer conflito de interesses, explicando que nunca atuou oficialmente como advogado das mineradoras e que sua carreira de mais de 30 anos no Ministério Público em defesa do meio ambiente é muito maior do que o período em que trabalhou em seu escritório.

Fonte: Estadão Conteúdo

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