O WhatsApp afirmou nesta quarta-feira (18) que não divulga informações pessoais de usuários no Irã para o governo israelense, após o país persa orientar sua população a excluir o aplicativo devido a suspeitas de espionagem, no sexto dia do conflito entre ambos os países do Oriente Médio.
A emissora oficial do Irã pediu na terça que os cidadãos “removessem o aplicativo WhatsApp de seus celulares”, acusando-o de coletar dados, inclusive a localização, que seriam repassados ao “inimigo sionista”.
Um porta-voz do WhatsApp, empresa do grupo Meta, reagiu em nota dizendo estar preocupado com essas informações falsas que podem ser motivo para bloqueio do serviço, justamente em um momento crucial para a comunicação das pessoas.
Ele reforçou que todas as mensagens enviadas são protegidas por criptografia completa, acessíveis somente pelo remetente e destinatário, nem o WhatsApp pode lê-las.
Além disso, confirmou que não entrega dados a nenhum governo e que, há mais de uma década, a Meta divulga relatórios detalhando pedidos oficiais por informações do aplicativo.
O Ministério das Comunicações do Irã também anunciou na sexta-feira restrições temporárias no acesso à internet após o início das hostilidades, com vários sites e apps ficando parcialmente ou totalmente bloqueados.
Autoridades iranianas recomendaram redução do uso de dispositivos conectados e medidas de segurança para preservar a privacidade na rede, conforme a agência de notícias ISNA.
Funcionários públicos e suas equipes foram instruídos a não usar aparelhos digitais conectados à internet, incluindo smartphones, relógios inteligentes e laptops, segundo orientações oficiais.