A trilha do vulcão na Indonésia onde a brasileira Juliana Marins, de 27 anos, foi encontrada sem vida nesta terça-feira, 24, carrega um histórico preocupante de acidentes e fatalidades. A publicitária sofreu uma queda no sábado, 21, no horário local, e permanece quase quatro dias aguardando o resgate.
Histórico de acidentes
- Junho de 2025: brasileira falece após queda e espera por resgate que durou mais de quatro dias;
- Maio de 2025: turista malaio morre após queda durante trilha;
- Julho de 2018: aproximadamente 700 visitantes ficaram isolados no parque após um terremoto de magnitude 6.4;
- Março de 2012: sete estudantes perderam a vida devido a uma tempestade intensa.
O parque, um dos principais destinos turísticos no Sudeste Asiático, abriga o segundo ponto mais alto da Indonésia. Apesar de sua beleza natural impressionante, é um local desafiador e cheio de riscos para os visitantes.
Em comunicado, a administração do parque ressaltou a importância de aprimorar a segurança dos alpinistas e destacou que continuam trabalhando com diversos parceiros para garantir a segurança e sustentabilidade da região. Eles enfatizam que eventos como este reforçam a necessidade de preparação e atenção durante atividades ao ar livre.
O parque é famoso pelo Monte Rinjani, um vulcão ativo e popular na região. Com uma área de 41,3 mil hectares, faz parte do “anel de fogo do Pacífico” e é conhecido por suas cachoeiras e fontes termais.
As trilhas geralmente levam de dois a cinco dias, dependendo do percurso escolhido, que pode incluir a borda da cratera ou até o cume do vulcão. Agências especializadas descrevem a experiência como intensa e desafiadora, exigindo boa preparação física e atenção devido aos fortes ventos e terreno difícil.
Segundo a Unesco, o geoparque possui uma biodiversidade rica e uma paisagem diversificada, incluindo savanas e florestas. O Monte Rinjani, que tem entre 6 mil e 12 mil anos, possui uma cratera com um lago azul conhecido como Segara Anak, que é um dos principais pontos turísticos.