O último post no Instagram do policial militar de Luziânia, Hebert Póvoa, antes de ser detido junto com sua esposa, a advogada Tatiane Meireles, mostra o perfil empreendedor do casal, que está sob investigação por agiotagem, lavagem de dinheiro e extorsão violenta.
As publicações do policial geralmente alternam entre divulgação de seus negócios, rotina no trabalho, atividades na academia e elogios à companheira.
Entenda o caso
O casal, junto com outros quatro envolvidos, foi preso na sexta-feira (28/11) durante uma operação realizada por policiais civis da 5ª Delegacia Regional de Luziânia. Entre os detidos, três são policiais militares da cidade.
O grupo é acusado de ser uma organização criminosa atuante que praticava crimes de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro.
Durante os mandados de busca e apreensão, as autoridades apreenderam várias armas e cerca de R$ 10 mil em espécie.
Violência e tortura
Um vídeo obtido pelo Metrópoles revela como o casal agia para cobrar dívidas. Além de prestar suporte jurídico para proteger a quadrilha, Tatiane Meireles teria participado ativamente das cobranças com violência extrema.
Na gravação, uma vítima aparece agachada, chorando e com dificuldades para enxergar, enquanto é agredida e ameaçada por membros do grupo. A advogada grita para que a vítima levante e pressione o braço, demonstrando o grau de agressividade empregado.
Investigação e posicionamento oficial
As investigações indicam que o grupo movimentava grandes quantias de dinheiro e utilizava ameaças e agressões frequentes contra devedores submetidos a juros abusivos. Muitas vítimas viviam sob constante medo devido às ações violentas.
A Polícia Militar de Goiás, em nota, informou que tomou conhecimento da operação e reforçou que não compactua com desvios de conduta, adotando medidas administrativas cabíveis conforme regulamentos internos. A corporação continua colaborando integralmente com as investigações para elucidar os fatos judicialmente.
