A conta no Twitter do Comando Central dos Estados Unidos no Oriente Médio foi hackeada nesta segunda-feira (12) por simpatizantes do grupo Estado Islâmico. A imagem de perfil da conta foi alterada e aparece com a mensagem “I love you ISIS” (Eu te amo ISIS, em português). A sigla ISIS é usada em alguns países para se referir ao grupo radical Estado Islâmico, que controla territórios na Síria e no Iraque.
Uma mensagem postada na conta afirma: “Em nome de Alá, o Mais Gracioso, o Mais Misericordioso, o Cibercalifado sob patrocínio do ISIS continua sua Ciberjihad. Enquanto os Estados Unidos matam nossos irmãos na Síria, Iraque e Afeganistão nós invadimos suas redes e dispositivos pessoais e sabemos tudo sobre vocês (…). O ISIS já está aqui, estamos em seus PCs, em cada base militar. Com a permissão de Alá estamos agora no Centcom”.
“Nós não vamos parar! Sabemos tudo sobre vocês, suas esposas e crianças. Soldados dos Estados Unidos, estamos de olho em vocês!”, acrescenta a mensagem.
O Comando Central dos Estados Unidos, o Centcom, é um dos nove comandos militares unificados no país que tem uma área de responsabilidade e atuação, o que inclui operações militares. São 20 países do mundo que estão na área do Centcom, o que inclui Iraque, Síria, Afeganistão, Líbano, Egito, entre outros.
YouTube
A conta do comando militar dos Estados Unidos no YouTube também parece ter sido hackeada. Nela foram publicados dois vídeos sobre jihadistas. Após alguns minutos, as duas contas foram suspensas.
Uma autoridade de defesa disse ao site “NBC News” que o episódio “é claramente constrangedor, mas não uma ameaça à segurança”. A Casa Branca afirmou que está investigando o caso.
O grupo de hackers Anonymous anunciou que irá combater extremistas islâmicos após o ataque ao escritório da revista satírica “Charlie Hebdo”, em Paris, na quarta (7). Em vídeo publicado no YouTube e noticiado pelo site da emissora “CNN”, o grupo promete espionar a atividade de grupos terroristas na internet e derrubar seus sites e contas nas redes sociais.
A mensagem é endereçada à “Al-Qaeda, ao Estado Islâmico e outros terroristas”.
“Nós, Anonymous de todo o mundo, decidimos declarar guerra contra vocês terroristas”, diz no vídeo uma pessoa com a máscara de Guy Fawkes, símbolo do grupo.
Vídeo de terrorista
Em um vídeo divulgado no domingo (11), Amedy Coulibaly, que manteve reféns em um mercado judeu de Paris, disse que era integrante do Estado Islâmico e que sua ação foi feita em coordenação com o ataque à sede do jornal “Charlie Hebdo”.
“Eu me reporto ao califa dos muçulmanos Abu Bakr al-Baghdadi, o califa Ibrahim”, afirma Coulibaly, que está vestido com um traje muçulmano, um keffieh, e tem atrás dele uma bandeira negra. “Eu jurei fidelidade ao califa desde a declaração do califado”, afirma.
“Chegamos de forma sincronizada para sair ao mesmo tempo”, diz o homem, referindo-se aos irmão Kouachi, que atacaram o jornal “Charlie Hebdo”, onde mataram 12 pessoas no dia 7.
Fonte: G1