O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assegurou nesta quarta-feira (25) que os ataques realizados pelos americanos causaram a “destruição completa” das instalações nucleares iranianas, apesar da divulgação de um relatório de inteligência que coloca em dúvida a eficácia desses ataques.
Ao se unir à campanha militar iniciada por Israel em 13 de junho, Trump ordenou no último domingo ataques contra três locais nucleares importantes do Irã: Natanz, Fordo — situada profundamente sob uma montanha — e Isfahan.
O objetivo, tanto dos Estados Unidos quanto de Israel, é desmantelar o programa nuclear iraniano, que, segundo as potências ocidentais, tem a intenção de desenvolver uma arma atômica, o que o Irã nega.
No entanto, na terça-feira, veículos de imprensa americanos divulgaram um relatório preliminar da Agência de Inteligência de Defesa (DIA), afirmando que os ataques apenas atrasaram o programa nuclear por alguns meses, sem destruí-lo completamente.
Fontes ligadas ao relatório indicaram que os ataques de domingo não eliminaram totalmente as centrífugas nem as reservas de urânio enriquecido do país persa. Em vez disso, as entradas foram bloqueadas, mas as instalações subterrâneas permaneceram intactas.
Durante uma reunião da Otan em Haia, Trump declarou: “Acredito que essas instalações foram totalmente destruídas. Além disso, não creio que tenham conseguido mover qualquer coisa, porque agimos rapidamente.”
Com cautela, ele mencionou que espera também as conclusões do serviço de inteligência de Israel, que já realizou ataques nessas instalações.
“Creio que Israel nos atualizará em breve, pois ‘Bibi’ (Netanyahu, primeiro-ministro) tem pessoas trabalhando nesse assunto”, comentou.
Trump afirmou ainda que os ataques provocaram um atraso de décadas no programa nuclear iraniano e destacou que a recente trégua entre Irã e Israel, resultado de 12 dias de confrontos, está “funcionando bem” até o momento.
© Agence France-Presse