O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (6/10), durante uma coletiva na Casa Branca, que as conversações entre Israel e o grupo Hamas estão avançando positivamente. Trump destacou que o movimento palestino aceitou pontos essenciais para o acordo sugerido por Washington.
“Acredito que estamos progredindo de forma significativa. O Hamas concordou com aspectos fundamentais”, afirmou Trump. “Tenho quase certeza que vamos alcançar um entendimento sobre Gaza”, completou.
As negociações acontecem no Cairo, Egito, com a finalidade de implementar o plano de 20 pontos do presidente, o qual inclui cessar-fogo, troca de prisioneiros e reconstrução da Faixa de Gaza sob supervisão internacional.
Espera-se que a libertação dos reféns acelere o processo
A Administração Trump acredita que a liberação rápida dos reféns será crucial para dar impulso às negociações. A porta-voz Karoline Leavitt disse que o presidente acompanha atentamente o processo e deseja que essa etapa avance rapidamente.
“Queremos agir com rapidez, e o presidente deseja a libertação imediata dos reféns”, declarou Leavitt. “O objetivo é alcançar progresso, recuperar os reféns e assegurar uma paz estável e duradoura em Gaza.”
Os Estados Unidos participam por meio do enviado especial Steve Witkoff e do assessor Jared Kushner, genro de Trump.
Detalhes do plano de paz
Anunciado em 29 de setembro, o plano propõe que Gaza se torne uma área livre de grupos armados, com uma autoridade independente temporária para sua administração. Os pontos principais incluem:
- Anistia aos membros do Hamas que entregarem as armas;
- Troca de reféns e prisioneiros sob supervisão internacional;
- Retirada gradual das tropas israelenses;
- Garantias de segurança e reconstrução civil.
Na última sexta-feira (3/10), o Hamas afirmou ter disposição para liberar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, conforme pedido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e aceitou transferir o controle de Gaza a uma autoridade independente. Contudo, o grupo concordou apenas com dois dos vinte pontos propostos pela administração norte-americana.
Netanyahu reforçou no domingo (5/10) que a totalidade dos pontos do plano só será discutida após a libertação de todos os reféns. “Nenhuma das cláusulas será considerada até que o último refém cruze a fronteira israelense”, afirmou.
Fontes israelenses afirmam que 48 pessoas seguem em poder do Hamas, cerca de 20 ainda estariam vivas.