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domingo, 22/06/2025




Trilha difícil na Indonésia tem histórico de acidentes com mortes

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Andreza de Oliveira
São Paulo, SP (Folhapress)

A rota usada pela publicitária brasileira Juliana Marins, 26 anos, para o vulcão Rinjani, na Indonésia, é uma das mais frequentadas no país asiático. Com 3.726 metros de altura, o vulcão está situado na ilha de Lombok e é o segundo mais alto do território.

O percurso até o topo pode durar até quatro dias, conforme informações do Parque Nacional do Monte Rinjani e agências locais de montanhismo.

Juliana Marins começou a caminhada na sexta-feira (20), quando sofreu uma queda a cerca de 300 metros da trilha. A escalada estava prevista para terminar no domingo. Segundo a irmã da vítima, Mariana Marins, a brasileira está mais de 50 horas sem alimentação e as operações de resgate foram interrompidas devido ao mau tempo.

A vista do cume do vulcão é uma das principais atrações do Parque Nacional do Monte Rinjani, que abrange 41 mil hectares preservados e atrai turistas globais. No interior do vulcão, a caldeira com mais de 50 quilômetros quadrados abriga o lago Segara Anak, uma fonte termal natural.

O acesso ao local pode ser feito pelas cidades de Senaru e Sembalum.

Para realizar a trilha, é necessário estar em excelente condição física, segundo o parque, que alerta em sua página oficial que mortes já ocorreram por falta de preparo e desrespeito às recomendações.

Normalmente, a subida até a cratera dura dois dias e uma noite – o que Juliana Marins pretendia fazer –, embora seja possível estender o percurso para até quatro dias com descanso entre duas a três noites.

Agências locais oferecem guias para grupos variados. No percurso, existem pontos para alimentação e descanso. A brasileira contratou uma empresa local chamada Ryan Tour.

O parque recomenda o uso de guias certificados. Equipamentos podem ser alugados nos centros próximos, com assinatura de termo de responsabilidade.

A Associação dos Guias Licenciados (HPI) emite certificações para esses profissionais, mas o padrão de exigência não é tão rigoroso quanto em outros países, conforme a página do parque.

O parque também alerta que acidentes graves, incluindo mortes, já ocorreram em trilhas guiadas por esses profissionais.

Para a escalada, são indicados botas, jaquetas impermeáveis e lanternas frontais. Bastões de caminhada são recomendados para o trecho final até o topo.

Devido à altitude e à umidade variável, as temperaturas na trilha podem chegar a 4ºC.

Montanhistas relatam nas redes sociais a dificuldade da subida, com trecho escorregadio e poeira intensa, especialmente entre junho e agosto.

A última atividade vulcânica registrada do Rinjani ocorreu em 2010, conforme dados do Parque Nacional do Monte Rinjani.




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