O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alterou significativamente a postura americana diante da escalada do conflito entre Israel e Irã no Oriente Médio em 17 de junho. Usando sua rede social, Trump fez uma ameaça direta ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, enquanto tropas americanas começaram a se mover globalmente.
Em 18 de junho, os céus sobre grande parte de Israel e da capital iraniana, Teerã, foram iluminados por mísseis disparados dos dois lados. Sirenes soaram durante a madrugada local, alertando sobre ataques. O exército israelense confirmou ter sido alvo de mísseis iranianos, orientando a população a buscar abrigo.
O porta-voz da Força de Defesa de Israel (IDF) alertou: “A defesa não é totalmente impenetrável, por isso é fundamental que todos sigam as orientações de segurança e permaneçam atentos.” Os militares afirmam ter interceptado a maioria dos mísseis lançados pelo Irã.
Observando o agravamento do conflito, Donald Trump fez uma ameaça pública ao líder supremo iraniano, exigindo sua rendição incondicional: “Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo, pelo menos não por enquanto. Mas não queremos ataques contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está no limite”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social.
Motivos para os ataques israelenses ao Irã
Israel acusa o Irã de utilizar seu programa de enriquecimento de urânio para fins bélicos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em 12 de junho que o Irã teria urânio suficiente para produzir nove bombas atômicas, sem apresentar provas concretas. Netanyahu expressa receio de um genocídio contra o povo judeu e alerta que o Irã poderia obter armas nucleares em poucos meses ou pouco mais de um ano.
Declarações de Trump
Em meio ao conflito, Donald Trump criticou o Irã por não ter aceitado um acordo proposto para encerrar a crise, cujo conteúdo permanece desconhecido publicamente. Ele enfatizou a necessidade do Irã em não possuir armas nucleares, repetindo várias vezes: “O IRÃ NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR.”
Movimentação militar dos EUA
O papel dos Estados Unidos se evidencia também nos deslocamentos militares. Cerca de 40 aeronaves americanas para reabastecimento foram enviadas para a Europa, com capacidade de apoio a bases e operações ofensivas. Além disso, o porta-aviões USS Nimitz foi redirecionado do mar do sul da China para o Oriente Médio.
Essas ações vêm em meio a relatos, segundo o The New York Times, de que o Irã estaria se preparando para atacar bases americanas na região, informação baseada em fontes de inteligência e diplomacia.
Casualidades do conflito
Os governos de Israel e Irã confirmam, até o momento, 248 mortes causadas pela guerra, sendo 24 de Israel e 224 do lado iraniano. No entanto, a ONG Human Rights Activists News Agency (Hrana) aponta 452 mortes somente no Irã, incluindo civis, militares e outros não especificados.
O conflito teve início em 12 de junho com um ataque israelense que resultou na morte de altos comandantes da Guarda Revolucionária do Irã e cientistas nucleares. Israel declarou que os alvos eram instalações nucleares com o objetivo preventivo de impedir que o Irã desenvolva armas de destruição em massa que pudessem ser usadas contra o país.