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sábado, 06/12/2025

Soldado admite ter matado e incendiado musicista do Exército

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Kelvin Barros da Silva, um soldado do Exército de 21 anos, admitiu ter tirado a vida da cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, também integrante da instituição militar.

O ato criminoso ocorreu na tarde da sexta-feira, dia 5 de dezembro, no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), localizado no Setor Militar Urbano.

Segundo o delegado Paulo Noritika, da 2ª Delegacia de Polícia da Asa Norte, agentes foram acionados para o local após a Polícia Civil receber a denúncia. Foi confirmado que se trata de um caso de feminicídio.

“A última vez que a vítima foi vista foi durante uma apresentação da fanfarra, acompanhada por um soldado, posteriormente identificado como suspeito, que não estava presente quando os policiais chegaram”, declarou o delegado.

Paulo Noritika explicou que o soldado Kelvin Barros confessou o crime após ser encontrado. Ele revelou que mantinha um relacionamento extraconjugal com Maria de Lourdes e que, durante uma discussão, a vítima exigiu que ele terminasse seu relacionamento atual para ficar com ela, conforme uma promessa feita.

Durante a confusão, a vítima teria sacado uma arma de fogo, mas o soldado a segurou e conseguiu alcançar uma faca militar que ela carregava na cintura, desferindo um golpe profundo no pescoço dela.

O delegado acrescentou que a vítima foi encontrada com a arma branca ainda cravada no local da lesão. Após o ataque, no desespero, o soldado usou álcool e um isqueiro para atear fogo na fanfarra e fugiu, levando a pistola e posteriormente descartando-a.

Kelvin Barros não apresentava antecedentes criminais. Ele está detido no Serviço de Guarda do Exército e responderá pelos crimes de feminicídio, furto de arma, incêndio e fraude processual, podendo receber uma pena de até 54 anos de prisão.

A cabo Maria de Lourdes Freire Matos havia ingressado no Exército há cinco meses, atuando como musicista. Seu corpo foi encontrado por militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que atuaram no combate ao incêndio.

Em nota, o Exército Brasileiro, por meio do Comando Militar do Planalto, expressou pesar pelo falecimento da cabo e informou que sua família está recebendo o apoio necessário durante este momento difícil.

Uma investigação foi iniciada para apurar todos os detalhes, contando com perícias do Batalhão de Polícia do Exército, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros.

Nas redes sociais, o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas destacou a dedicação e o profissionalismo da cabo durante seus seis meses de serviço e manifestou suas condolências aos familiares, amigos e colegas de farda.

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