A Defesa Civil da Faixa de Gaza confirmou nesta quarta-feira que 20 pessoas perderam a vida e várias outras ficaram feridas durante operações conduzidas pelo Exército israelense na região palestina.
Ao menos seis dos mortos e 30 dos feridos foram atingidos por tiros israelenses enquanto aguardavam por ajuda alimentar próximo ao corredor Netzarim, localizado no centro de Gaza, segundo o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal.
Em resposta, o Exército israelense declarou estar investigando o incidente.
As demais vítimas foram atingidas em ataques aéreos israelenses contra edifícios residenciais no centro e norte da Faixa de Gaza, conforme relatado por Bassal.
Cada noite, milhares de palestinos se juntam no corredor Netzarim para receber ajuda humanitária, mas essas operações frequentemente resultam em situações de conflito e caos.
Na terça-feira, a Defesa Civil de Gaza reportou 46 mortes no mesmo local, também devido a disparos israelenses enquanto civis aguardavam assistência.
A Fundação Humanitária de Gaza, que recebe apoio dos Estados Unidos e Israel, administra quatro centros de distribuição de alimentos na região.
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos classificou o uso de alimentos como arma de guerra como um crime e pediu que o Exército israelense cesse os ataques contra pessoas em busca de ajuda.
Israel havia imposto um bloqueio rigoroso à ajuda humanitária a Gaza, parcialmente suspenso no final de maio após mais de dois meses, período que causou grave falta de alimentos, medicamentos e outros recursos essenciais.
Os conflitos começaram com o ataque do grupo Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.219 pessoas, conforme dados oficiais compilados pela AFP.
Desde então, a campanha militar israelense na Faixa de Gaza causou a morte de mais de 56.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dados aceitos como confiáveis pela ONU.